Ensaio Clínico | Fitoterapia Brasil

Ansiolítica

Fase I

Fase I
Parte da planta	Extrato / RDD / Padronização	Desenho do estudo	Dose / Posologia	Conclusão	Referências
-	Óleo essencial.	Estudo randomizado, duplo-cego com 40 voluntários masculinos submetidos a inalação do óleo vegetal, seguidamente a uma situação ansiogênica, monitorados por vídeo (Stroop Color-Word Test), com posterior análise de parâmetros psicológicos (ansiedade, tensão, sedação e tranquilidade) e fisiológicos (frequência cardíaca e eletromiografia do músculo gastrocnêmico).	Inalar de 3 a 6 gotas do óleo essencial.	Observou-se que o óleo essencial de C. citratus apresenta atividade ansiolítica.	[ 9 ]

Ansiolítica e Hipnótica

Fase II

Fase II
Parte da planta	Extrato / RDD / Padronização	Desenho do estudo	Dose / Posologia	Conclusão	Referências
Folha	Infusão: 2, 4 e 10 g do material vegetal (seco) em 150 mL de água quente.	Estudo randomizado, controlado, duplo-cego com 18 pacientes portadores de ansiedade, submetidos a ingestão da infusão, com posterior análise de questionários específicos. Estudo randomizado, controlado, duplo-cego com 50 voluntários portadores de insônia, submetidos a ingestão da infusão, com posterior análise de parâmetros hipnóticos.	Tomar a infusão diariamente/2 semanas.	A infusão de C. citratus não apresentou ação ansiolítica e hipnótica.	[ 8 ]

Antifúngica

Fase II

Fase II
Parte da planta	Extrato / RDD / Padronização	Desenho do estudo	Dose / Posologia	Conclusão	Referências
Folha	Shampo e creme: contendo 1,25 µL/mL de óleo essencial.	Estudo randomizado com 30 pacientes portadores de pitiríase versicolor (Malassezia spp.), submetidos ao tratamento com o óleo vegetal, com posterior análise clínica e cultura das lesões.	Aplicar o shampo 3 vezes/semana/40 dias e o creme 2 vezes/semana/40 dias.	Observou-se que o tratamento com as formulações contendo o óleo essencial de C. citratus apresentou atividade antifúngica significativa.	[ 5 ]
-	Infusão: 12,5 g do material vegetal (seco) em 500 mL de água. Outra espécie em estudo: Citrus limon (in natura).	Estudo randomizado, controlado com 35 pacientes portadores de HIV e candidíase oral, submetidos ao tratamento com as espécies vegetais, separadamente.	Tratamento durante 10 dias (C. limon): utilizar 20 mL de suco de limão em 10 mL de água, fazer bochecho (5 mL) e cuspir, após 5 minutos fazer novo bochecho com o restante do conteúdo e engolir. Usar 2 a 3 gotas de suco de limão puro 3 vezes ao dia/dia. Tratamento durante 10 dias (C. citratus): ingerir 125 mL, e depois 250 mL 2 vezes ao dia/dia.	Observou-se que o tratamento com C. limon apresentou atividade antifúngica mais potente, contudo, o tratamento com C. citratus apresentou melhor adesão dos pacientes, bem como menor número de efeitos adversos.	[ 6 ]

Função renal

Fase I

Fase I
Parte da planta	Extrato / RDD / Padronização	Desenho do estudo	Dose / Posologia	Conclusão	Referências
Folha	Infusão: 2, 4 e 8 g do material vegetal (pó) em 150 mL de água, separadamente. Rendimento: 410, 810 e 1570 mg, respectivamente.	Estudo randomizado com 105 indivíduos saudáveis, tratados com a infusão, e submetidos a análise de parâmetros bioquímicos (creatinina, ureia, acido úrico, enzimas hepáticas, proteínas, glicose e perfil lipídico) e da função renal (creatinina e filtração glomerular).	Tomar 1 vez ao dia/30 dias.	Observou-se que a infusão de C. citratus apresenta ação diurética, reduzindo os níveis de ureia, contudo, altera a função renal, pois reduz as taxas de filtração glomerular e depuração da creatinina.	[ 1 ]

Parâmetros hematológicos

Fase I

Fase I
Parte da planta	Extrato / RDD / Padronização	Desenho do estudo	Dose / Posologia	Conclusão	Referências
Folha	Infusão: 2, 4 e 8 g do material vegetal (pó) em 150 mL de água, separadamente. Rendimento: 410, 810 e 1570 mg.	Estudo randomizado com 105 indivíduos saudáveis, tratados com a infusão, e submetidos a análise de parâmetros hematológicos (hemoglobina, volume de células compactadas, volume celular médio, contagem de hemácias, plaquetas, leucócitos totais e diferenciais) e parâmetros bioquímicos (creatinina, ureia, ácido úrico, enzimas hepáticas, bilirrubina, proteínas, glicose e perfil lipídico).	Tomar 1 vez ao dia/30 dias.	Observou-se que a infusão de C. citratus altera positivamente os parâmetros hematológicos, principalmente os níveis de neutrófilos e linfócitos.	[ 3 ]

Reações adversas

Fase I

Fase I
Parte da planta	Extrato / RDD / Padronização	Desenho do estudo	Dose / Posologia	Conclusão	Referências
Folha	Shampo e creme: contendo 1,25 µL/mL de óleo essencial.	Estudo randomizado com 20 voluntários saudáveis tratados com o óleo vegetal, com posterior análise de eventos toxicológicos tópico e sistêmico (ardor, inchaço, vermelhidão, coceira e outros).	Aplicar o shampo 3 vezes/semana/40 dias e o creme 2 vezes/semana/40 dias.	Não houve relatos de reações adversas.	[ 4 ]
Folha	Infusão: 2, 4 e 10 g do material vegetal (seco) em 150 mL de água quente.	Estudo randomizado com 11 voluntários saudáveis submetidos a ingestão da infusão, com posterior análise de parâmetros bioquímicos, cardiológicos e urinálise.	Tomar a infusão diariamente/2 semanas.	Não houve relatos de efeitos adversos.	[ 7 ]

Repelente de insetos

Fase I

Fase I
Parte da planta	Extrato / RDD / Padronização	Desenho do estudo	Dose / Posologia	Conclusão	Referências
Folha	Óleo essencial: preparações contendo como veículo óleo de coco, óleo de soja e óleo de oliva, separadamente. Outra espécie em estudo: Cananga odorata.	Ensaio com 5 voluntários saudáveis submetidos ao teste de repelência em antebraço para mosquitos das espécies Aedes aegypti e Culex quinquefasciatus.	Exposição de uma área de 3 cm x 10 cm do antebraço, aplicar 0,1 mL da preparação/3 minutos de exposição.	Observou-se que os óleos essenciais de C. citratus e C. odorata apresentam ação repelente, além da ausência de efeitos adversos.	[ 2 ]
Folha	Extrato: 250 g do material vegetal (pó) em 200 mL de metanol. Concentrações para ensaio: 1,0 a 2,5 mg/cm².	Ensaio com humanos submetidos ao teste de repelência em antebraço para mosquitos Anopheles arabiensis, segundo procedimentos da Organização Mundial da Saúde (OMS).	Aplicar cada concentração do extrato vegetal, separadamente, em uma área de 25 cm² do lado dorsal de cada antebraço.	Observou-se que C. citratus apresenta atividade repelente potente, sem relatos de toxicidade tópica.	[ 10 ]
Planta toda	Óleo essencial: por hidrodestilação. Concentrações para ensaio: 1,0, 2,5 e 5,0 mg/cm².	Ensaio com humanos submetidos ao teste de repelência em antebraço para mosquitos Culex quinquefasciatus, segundo procedimentos da Organização Mundial da Saúde (OMS).	Aplicar extrato vegetal, separadamente por concentração, em uma área de 25 cm² do lado dorsal de cada antebraço.	O óleo essencial de C. citratus apresenta atividade repelente, dose-dependente, sem relatos de efeitos adversos tópicos.	[ 11 ]

Referências bibliográficas

1 - EKPENYONG, C. E. et al. Effect of lemongrass tea consumption on estimated glomerular filtration rate and creatinine clearance rate. J Ren Nutr, v. 25, n. 1, p.57-66, 2015. doi: 10.1053/j.jrn.2014.08.005

2 - SOONWERA, M.; PHASOMKUSOLSIL, S. Efficacy of Thai herbal essential oils as green repellent against mosquito vectors. Acta Trop, v. 142, p.127-130, 2015. doi: 10.1016/j.actatropica.2014.11.010

3 - EKPENYONG, C. E. et al. Bioactive natural constituents from lemongrass tea and erythropoiesis boosting effects: potential use in prevention and treatment of anemia. J Med Food, v. 18, n. 1, p.118-127, 2015. doi: 10.1089/jmf.2013.0184

4 - CARMO, E. S. et al. Treatment of pityriasis versicolor with topical application of essential oil of Cymbopogon citratus (DC) Stapf - therapeutic pilot study. An Bras Dermatol, v. 88, n. 3, p.381-385, 2013. doi: 10.1590/abd1806-4841.20131800

5 - CARMO, E. S. et al. Treatment of pityriasis versicolor with topical application of essential oil of Cymbopogon citratus (DC) Stapf - therapeutic pilot study. An Bras Dermatol, v. 88, n. 3, p.381-385, 2013. doi: 10.1590/abd1806-4841.20131800

6 - WRIGHT, S. C. et al. Treatment of oral thrush in HIV/AIDS patients with lemon juice and lemon grass (Cymbopogon citratus) and gentian violet. Phytomed, v. 16, n. 2-3, p.118-124, 2009. doi: 10.1016/j.phymed.2008.07.015

7 - LEITE, J. R. et al. Pharmacology of lemongrass (Cymbopogon citratus Stapf). III. Assessment of eventual toxic, hypnotic and anxiolytic effects on humans. J Ethnopharmacol, v. 17, n. 1, p.75-83, 1986. doi: 10.1016/0378-8741(86)90074-7

8 - LEITE, J. R. et al. Pharmacology of lemongrass (Cymbopogon citratus Stapf). III. Assessment of eventual toxic, hypnotic and anxiolytic effects on humans. J Ethnopharmacol, v. 17, n. 1, p.75-83, 1986. doi: 10.1016/0378-8741(86)90074-7

9 - GOES, T. C. et al. Effect of lemongrass aroma on experimental anxiety in humans. J Altern Complement Med, v. 21, n. 12, p.766-773, 2015. doi: 10.1089/acm.2015.0099

10 - KARUNAMOORTHI, K. et al. Laboratory evaluation of traditionally used plant-based insect repellent against the malaria vector Anopheles arabiensis Patton (Diptera: Culicidae). Parasitol Res, v. 106, n. 5, p.1217-1223, 2010. doi: 10.1007/s00436-010-1797-y

11 - PUSHPANATHAN, T. et al. Larvicidal, ovicidal and repellent activities of Cymbopogan citratus Stapf (Graminae) essential oil against the filarial mosquito Culex quinquefasciatus (Say) (Diptera: Culicidae). Trop Biomed, v. 23, n. 2, p.208-212, 2006.