Nativa dos cerrados e caatingas do Brasil, ocorre predominantemente nas regiões Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e Sul. Suas principais indicações são: antimicrobiana, imunoestimulante, cicatrizante, anti-inflamatória, hemostática, broncodilatadora, expectorante e antiasmática[1,2,3,4].
Árvore melífera, caducifólia, muito ramificada, de copa aberta, com até 17 m de comprimento, tronco de até 50 cm de diâmetro, casca de cor marrom-avermelhada, rugosa (5 a 12 mm), escamosa e com espinhos espaçados; folhas compostas bipinadas, com até 20 jugas, com 15 a 20 folíolos opostos, de 4 a 6 mm de comprimento; flores esbranquiçadas, em inflorescências do tipo espigas paniculares globosas, axilares ou terminais, de coloração branca a creme, levemente aromáticas; frutos em vagens achatadas, longas, rígidas, encurvadas, marrom-avermelhados, brilhantes, com cerca de 10 a 20 cm de comprimento, contendo até 15 sementes; as sementes são lisas, redondas, achatadas, castanho-avermelhadas, brilhantes, com cerca de 2 cm de comprimento x 1,5 cm de largura[1,2,3,4].
| Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências | 
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Angico, angico-branco, cambuí-angico e goma-de-angico | Brasil | Casca do caule | Antitussígena, no tratamento do bronquite e coqueluche. | Xarope. | - | - | [
  
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] | 
| Angico, angico-branco, cambuí-angico e goma-de-angico | Brasil | Casca | No tratamento de problemas respiratórios. | Extração da goma-resina. | - | - | [
  
          1  
] | 
| Angico | Brasil | Casca | Antitussígena e no tratamento de bronquite. | Xarope. | Uso interno. | - | [
  
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| Angico | Brasil | Casca | Cicatrizante, hemostático e no tratamento de contusões. | Tintura. | Uso externo. | - | [
  
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] | 
| Angico | Brasil | Casca | No tratamento de tosses produtivas. | Infusão: 1 a 2 colheres (de sobremesa) da droga vegetal em pó em 1 xícara de água (200 mL). Deixar em repouso por 20 minutos e coar. | Usar 5 mL da infusão e fazer inalação até 3 vezes ao dia. | Armazenar a infusão em recipiente fechado e em geladeira por até 24 horas. Cuidado ao associar com anti-inflamatórios não-esteroidais, anticoagulantes e corticoides. É recomentado o uso desta espécie por até 30 dias e não deve ser indicada na gravidez e lactação. | [
  
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] | 
Referências bibliográficas
Anti-inflamatória e Analgésica
| Parte da planta | Extrato / RDD / Padronização | Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências | 
|---|---|---|---|---|
| Casca | Extrato: maceração de 100 g do material vegetal (pó) em água (3:10 p/v). Rendimento: 16%. Doses para ensaio: 100, 200 e 400 mg/kg. | In vivo: Em ratos Wistar e camundongos Swiss submetidos aos testes de contorções abdominais induzidas por ácido acético, da placa quente, edema de pata e inflamação (edema de pata, peritonite e sinovite) induzida por carragenina. | Observou-se que o extrato apresenta atividade analgésica e anti-inflamatória, principalmente nas doses de 200 e 400 mg/kg. | [
  
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] | 
Antibacteriana
| Parte da planta | Extrato / RDD / Padronização | Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências | 
|---|---|---|---|---|
| Casca | Extrato etanólico e hexânico. | In vitro: Em cultura de Staphylococcus aureus e Escherichia coli submetidos ao teste de microdiluição em ágar, associados ou não com neomicina, amicacina e clorpromazina, para determinar a concentração inibitória mínima (CIM). 
 | Observou-se que os extratos vegetais de A. colubrina não apresentam atividade antimicrobiana significativa, no entanto, houve sinergismo com antibióticos aminoglicosídicos contra S. aureus. | [
  
          7  
] | 
| Fruto | Extrato hidroalcoólico. Concentrações para ensaio: 0,38 a 3,13 mg/mL. Outras espécies em estudo: Libidibia ferrea e Pityrocarpa moniliformis. | In vitro: Em cepas de Staphylococcus aureus submetidas ao teste de microdiluição em ágar para determinar a concentração inibitória mínima (CIM) e concentração bactericida mínima (CBM), e análise da viabilidade celular por Microscopia Eletrônica de Transmissão. 
 | Os extratos de A. colubrina, L. ferrea e P. moniliformis apresentam atividade antibacteriana promissora. | [
  
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] | 
Antibiofilme e Antifúngica
| Parte da planta | Extrato / RDD / Padronização | Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências | 
|---|---|---|---|---|
| Casca | Extrato: 100 g do material vegetal (seca) em 250 mL de etanol a 80%. | In vitro: Em culturas de Candida albicans, C. parapsilosis e C. krusei submetidas ao teste de microdiluição em ágar para determinar as concentrações inibitória mínima (CIM) e fungicida mínima (CFM), potencial antibiofilme (UFC e MEV) e toxicidade em Galleria mellonella. 
 | O extrato de A. colubrina apresenta atividade antifúngica e antibiofilme, além de baixa toxicidade. | [
  
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Antifúngica
| Parte da planta | Extrato / RDD / Padronização | Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências | 
|---|---|---|---|---|
| Casca | Extrato: maceração de 10 mg material vegetal em 25 mL de etanol a 80%. Concentrações para ensaio: 15,62 a 2000 μg/mL. | In vitro: Em cultura de fibroblastos orais (HGF-1) incubados com o extrato vegetal, com posterior análise de citotoxicidade (microscopia e expressão IL-1β, IL-6, IL-8 e IL-10). Em culturas de Candida albicans, C. glabrata, C. tropicalis, C. dubliniensis submetidas ao teste de microdiluição em ágar para determinar as concentrações inibitória mínima (CIM) e fungicida mínima (CFM), ensaio de formação de biofilme, atividade das enzimas proteinase e fosfolipase. 
 | O extrato de A. colubrina apresenta atividade antifúngica, além de baixa citotoxicidade. | [
  
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Antifúngica e Antitumoral
| Parte da planta | Extrato / RDD / Padronização | Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências | 
|---|---|---|---|---|
| Extrato: 100 g do material vegetal (pó) em 250 mL de etanol a 80%. Frações: hexano, clorofórmio, acetato de etila e água. | In vitro: Em culturas de Streptococcus mutans, S. sanguinis, Pseudomonas aeruginosa, Enterococcus faecalis e Candida albicas, submetidas ao teste de microdiluição em ágar, para determinar a concentração inibitória mínima (CIM), concentração bactericida mínima (CBM) e concentração fungicida mínima (CFM), e análise da formação de biofilme oral por Microscopia Eletrônica de Varredura. Em culturas de queratinócitos humanos (HaCaT), células tumorais humanas de ovário (NCI-ADR/RES e OVCAR-3), rim (786-0), pulmão (NCI-H460), cólon (HT-29) e medula óssea (K562), incubadas com o extrato e frações vegetais, com posterior análise da concentração inibitória média (CI50). 
 | Observou-se que o extrato de A. colubrina apresenta atividade antifúngica e antiproliferativa. | [
  
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Antinociceptiva e Antioxidante
| Parte da planta | Extrato / RDD / Padronização | Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências | 
|---|---|---|---|---|
| Casca | Extrato aquoso. Concentrações para ensaio (in vitro): Doses para ensaio (in vivo): 100 a 400 mg/mL. | In vitro: Determinar a peroxidação lipídica induzida por AAPH e FeSO4. In vivo: Em camundongos tratados com o extrato vegetal, submetidos ao teste rota rod, dor orofacial induzida por formalina, glutamato e capsaicina. | Observou-se que o extrato de A. colubrina apresenta atividade antioxidante e antinociceptiva, através dos receptores glutamatérgico e vaniloide, além de não alterar a coordenação motora. | [
  
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] | 
Antioxidante
| Parte da planta | Extrato / RDD / Padronização | Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências | 
|---|---|---|---|---|
| Folha | Extrato: maceração de 10 g do material vegetal (triturado) em 300 mL de metanol. Concentração para ensaio: 10 à 250 µg/mL. | In vitro: Em células de carcinoma humano mucoepidermoide de pulmão (NCI-H292) e de laringe (HEp-2) submetidas ao ensaio MTT. Determinar a atividade antioxidante através do radical DPPH. 
 | Neste estudo das 14 plantas, Annona muricata, Lantana camara, Handroanthus impetiginosus e Mentzelia aspera apresentam atividade antiproliferativa mais potente, enquanto que Poincianella pyramidalis, Jatropha mollissima, Anadenanthera colubrina e Croton blanchetianus demonstram propriedade antioxidante mais potente. | [
  
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| Fruto | Extrato hidroalcoólico. Outras espécies em estudo: Libidibia ferrea e Pityrocarpa moniliformis. | In vitro: Determinar a atividade antioxidante através dos ensaios de fosfomolibdênio, redução do íon férrico, eliminação de radicais superóxido, peróxido de hidrogênio e óxido nítrico. Em DNA de plasmídeo (pBR 322) tratados com os extratos vegetais, com posterior análise dos no DNA (TotalLab Quant). 
 | Os extratos vegetais apresentam atividade antioxidante, além de proteger contra danos no DNA. | [
  
          6  
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Cicatrizante
| Parte da planta | Extrato / RDD / Padronização | Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências | 
|---|---|---|---|---|
| Casca | Extrato hidroalcoólico: a partir de 5 g do extrato metanólico em etanol a 70%. Concentração para ensaio: 5%. | In vivo: Em ratos portadores de incisões cutâneas na região torácica, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise macroscópica, histológica e morfométrica. | O extrato hidroalcoólico de A. colubrina var. cebil apresenta atividade cicatrizante, principalmente no 7º e 14º dias de tratamento. | [
  
          3  ,   
          4  
] | 
Referências bibliográficas
Farmácia da Natureza 
        
  
  
      
      
[
  
          1  
]
    
  
  
  
  
  
  
 
  | Tintura | Alcoolatura | ||
| Componente | Quantidade | Componente | Quantidade* | 
| Álcool etílico/água 70% | 1000 mL | Álcool etílico/água 80% | 1000 mL | 
| Casca e entrecasca seca | 100 g | Casca e entrecasca fresca | 200 g | 
Tintura: pesar 100 g de casca e entrecasca seca, fragmentar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de álcool etílico a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Alcoolatura: pesar 200 g de casca e entrecasca fresca, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de álcool etílico a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Infecções bacterianas em geral e infecções das vias aéreas superiores.
Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).
Referências bibliográficas
Alcaloides indólicos
óxido de N,N-dimetiltriptamina e bufotenina.
Compostos fenólicos
dalbergina, 3,4,5-dimethoxidalbegiona e kuhlmannina.
Esteroides
stigmasterol e β-sitosterol.
Flavonoides
anadantoflavona e apigenina
Monossacarídeos
ramnose, arabinose, xilose, galactose e glicose.
Outras substâncias
ácido 4-hidroxibenzoico, ácido cinâmico, suberia e lignina.
Polissacarídeos
Taninos
Terpenoides
luperona, lupeol, ácido betulínico, alnusenol, α- e β-amirina.
Referências bibliográficas
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suspender o uso se houver alguma reação indesejável[1].
em gestantes, lactantes e pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol)[1].
dose elevada pode causar forte efeito adstringente. As sementes podem ser tóxicas devido a presença do alcaloide bufotenina[2,3].
não há dados na literatura.
Referências bibliográficas
multiplica-se por sementes (mais comum), estaquia ou rebrota. Sementes recém colhidas devem ser semeadas em sacos plásticos (20x7 cm) ou tubetes e a germinação ocorre após 5 a 10 dias. Após 2 a 3 semanas, pode realizar a repicagem, caso necessário. O plantio deve ser realizado a pleno sol, em solos férteis, areno-argilosos, profundos, bem drenados e com boa disponibilidade hídrica [ 1 , 2 , 3 ] .
a colheita da entrecasca deve ser realizada em plantas adultas, preferencialmente pela manhã, na lua cheia ou nova. A entrecasca deve ser retirada a partir dos ramos laterais e não do tronco [ 1 ] .
pode ser acometida por fungos do gênero Phytophthora. As sementes devem ser armazenadas em câmara fria, reduzindo assim, a perda da viabilidade [ 3 ] .
Referências bibliográficas
 
                









