Originária de Madagascar, ocorre em outras regiões tropicais. É cultivada, principalmente, como ornamental. Suas principais indicações são: anti-inflamatória, diurética, analgésica, antitussígena, antialérgica, antitumoral, hepatoprotetora, imunomoduladora e inseticida[1,2,3,4].
Planta herbácea ou sublenhosa, tipo subarbusto, perene, pouco ramificada, com até 1,5 m de altura; com ramos cilíndricos e empubescidos; folhas opostas, simples, carnosas ou suculentas, ovaladas, com margem ondulada ou serrilhada ou subcrenada, com diferenciação das folhas superiores (pinadas) das inferiores (inteiras); inflorescências em panícula, com flores róseas[1].
| Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências | 
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Nadhudhu, fortuna, linaza e eina pamu | Bolívia | Folha | analgésica, antitérmica e anti-inflamatória (furúnculo, caxumba e otite). | Decocção. | Uso externo na forma de cataplasma. | - | [
  
          1  
] | 
| Courama | Ceará (Brasil) | - | Inflamações ovarianas e renais (anexite). | Sumo puro. | Uso oral: tomar de 10 a 20 mL, antes da primeira refeição. Uso diário. | - | [
  
          2  
] | 
| Courama | Ceará (Brasil) | - | Para o tratamento da tosse. | Xarope: associar com outras plantas. | Uso oral. | - | [
  
          2  
] | 
| Courama | Ceará (Brasil) | Folha | No tratamento da gastrite. | Extrato aquoso: triturar a folha e meio copo de água. | Tomar 3 vezes ao dia. | - | [
  
          2  
] | 
| Mãe de milhares e maravilha | Paramaribo (Suriname) | Folha | Analgésica. | Aquecer a folha acima do fogo. | Aplicar a folha ainda quente no local da dor. | - | [
  
          3  
] | 
| - | Equador (comunidades rurais e indígenas) | - | No tratamento de leishmaniose cutânea. | - | - | - | [
  
          3  
] | 
| Sulfato | Maurícia (África) | Folha | Dor nas pernas. | Decocção. | Usar na forma de banho. | - | [
  
          4  
] | 
Referências bibliográficas
Ansiolítica e Relaxante muscular
| Parte da planta | Extrato / RDD / Padronização | Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências | 
|---|---|---|---|---|
| Folha | Extrato: material vegetal (fresco) em solução salina. Rendimento: 12,4%. Doses para ensaio: 50, 100 e 200 mg/kg. | In vivo: Em camundongos Swiss submetidos à estudos neurofarmacológicos. | Observou-se que B. pinnatum apresenta propriedade depressora do sistema nervoso central, dose-dependente, relaxante muscular e anticonvulsivante. | [
  
          21  
] | 
Anti-histamínica e Antitussígena
| Parte da planta | Extrato / RDD / Padronização | Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências | 
|---|---|---|---|---|
| Folha | Extrato aquoso: decocção de 2 kg do material vegetal em 4 L de água. Rendimento: 3,6% (p/p). Doses para ensaio: 200 e 400 mg/kg/dia. | In vivo: Em porcos-da-Índia sensíveis a ovalbumina e expostos a histamina após tratamento com o extrato de B. pinnatum. | Observou-se que o extrato aquoso vegetal possui propriedades anti-histamínica e antitussígena. | [
  
          17  
] | 
Anti-inflamatória
| Parte da planta | Extrato / RDD / Padronização | Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências | 
|---|---|---|---|---|
| Folha | Extrato etanólico: 800 g do material vegetal (pó) em 2,5 L de etanol. Rendimento: 17,3%. Doses para ensaio: 0,1, 0,5 e 1,0 mg/orelha. | In vivo: Em camundongos albinos Swiss (Mus musculus) submetidos à inflamação aguda e crônica induzida por óleo de Croton, ácido araquidônico, fenol, etil fenilpropiolato e capsaicina. | A aplicação tópica do extrato etanólico de B. pinnatum apresentou atividade anti-inflamatória significativa. | [
  
          16  
] | 
Anti-inflamatória e Analgésica
| Parte da planta | Extrato / RDD / Padronização | Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências | 
|---|---|---|---|---|
| Folha | Extrato etanólico: 2,2 kg do material vegetal (pó) em 4 L de etanol à 95%. Rendimento: 370 g. Dose para ensaio: 400 mg/kg. | In vivo: Em ratos Wistar submetidos ao teste de edema de pata induzido por carragenina, e em camundongos albinos Swiss submetidos à contorções abdominais induzidas por ácido acético. | Observou-se que o B. pinnatum apresenta atividade anti-inflamatória e analgésica. | [
  
          19  
] | 
Anti-inflamatória e Hipoglicemiante
| Parte da planta | Extrato / RDD / Padronização | Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências | 
|---|---|---|---|---|
| Folha | Extrato aquoso: 1 kg do material vegetal (fresco) em 2,5 L de água. Rendimento: 1,135%. Doses para ensaio: 25, 50, 100, 200, 400 e 800 mg/kg. | In vivo: Em camundongos Balb C (Mus domesticus) submetidos ao teste da placa quente e contorções abdominais induzidas por ácido acético. Em ratos Wistar (Rattus norvegicus) submetidos à inflamação aguda induzida por albumina e diabetes induzido por estreptozotocina. | Observou-se que o extrato aquoso de B. pinnatum apresenta atividades antinociceptiva, anti-inflamatória e hipoglicemiante. | [
  
          20  
] | 
Antibacteriana e Antioxidante
| Parte da planta | Extrato / RDD / Padronização | Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências | 
|---|---|---|---|---|
| Folha | Extrato de metanol: 500 g do material em 7 L de metanol. Doses para ensaio: 125, 250 e 500 mg/kg. | In vitro: Em cepas de Helicobacter pylori isoladas de pacientes portadores de gastrite. Determinação da atividade antioxidante: radical DPPH, radical hidroxila e ensaio de redução de potência. In vivo: Em camundongos Swiss infectados por H. pilori. | O extrato metanólico de B. pinnatum apresentou atividade antibacteriana e antioxidante. | [
  
          13  
] | 
Anticonvulsivante
| Parte da planta | Extrato / RDD / Padronização | Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências | 
|---|---|---|---|---|
| caule e raiz | Extrato metanólico: maceração de 88,11 g de caule (seco) em metanol. Rendimento: 32,60 g. Doses para ensaio: 100, 200, 400 e 800 mg/kg. Extrato metanólico: maceração de 56,04 g de raiz (seco) em metanol. Rendimento: 5,90 g. Doses para ensaio: 100, 200, 400 e 800 mg/kg. | In vivo: Em camundongos BALB/C13 submetidos a convulsão induzida por pentilenotetrazol. | Observou-se que o extrato metanólico de raiz B. pinnatum apresentou melhor atividade anticonvulsivante, dose-dependente, contudo ambos os extratos reduziram os efeitos letais induzidos por pentilenotetrazol. | [
  
          14  
] | 
Antimicrobiana
| Parte da planta | Extrato / RDD / Padronização | Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências | 
|---|---|---|---|---|
| Folha | Extrato metanólico: 205 g do material vegetal (seco) em metanol. Rendimento: 28,5 g. Concentração para ensaio: 25 mg/mL. | In vitro: Avaliação da atividade antimicrobiana em cepas de: Bacillus subtilis, Escherichia coli, Proteus vulgaris, Shigella dysenteriae, Staphylococcus aureus, Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa e Candida albicans. 
 | O extrato metanólico de B. pinnatum apresentou sensibilidade para: Bacillus subtilis, Escherichia coli, Proteus vulgaris, Shigella dysenteriae e Staphylococcus aureus. | [
  
          7  
] | 
Antioxidante
| Parte da planta | Extrato / RDD / Padronização | Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências | 
|---|---|---|---|---|
| Folha | Extrato aquoso: maceração do 100 g do material vegetal (pó) em água. Doses para ensaio: 25 e 50 mg/kg. | In vivo: Em ratos albinos Wistar submetidos a intoxicação com tetracloreto de carbono (CCl4). | Observou-se que o extrato aquoso de B. pinnatum apresenta atividade antioxidante. | [
  
          11  
] | 
Antiplasmódica
| Parte da planta | Extrato / RDD / Padronização | Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências | 
|---|---|---|---|---|
| Folha | Extrato etanólico: 5 g do material vegetal (seco) em 200 mL de etanol. | In vitro: Em cepas de Plasmodium falciparum submetidas ao ensaio do corante SYBR Green I. 
 | O extrato etanólico de B. pinnatum apresentou atividade antiplasmódica (IC50 = 11 a 20 µg/mL), e ausência de citotoxicidade. | [
  
          2  
] | 
Depressora do sistema nervoso central
| Parte da planta | Extrato / RDD / Padronização | Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências | 
|---|---|---|---|---|
| Folha | Extrato metanólico. Dose para ensaio: 100, 200 e 400 mg/kg. | In vivo: Em camundongos Swiss e ratos Charles-Foster submetidos à estudos neurofarmacológicos. | Observou-se que o extrato metanólico de B. pinnatum apresenta atividade depressora do sistema nervoso central, significativa. | [
  
          8  
] | 
Gastroprotetora
| Parte da planta | Extrato / RDD / Padronização | Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências | 
|---|---|---|---|---|
| Folha | Extrato metanólico: maceração de 1 kg do material vegetal (fresco) em metanol. Doses para ensaio: 100 e 300 mg/kg. | In vivo: Em ratos Charles-Foster e porcos-da-Ínida submetidos à lesões e úlceras gástricas. | O extrato metanólico de B. pinnatum apresentou atividade gastroprotetora significativa. | [
  
          9  
] | 
Litolítica
| Parte da planta | Extrato / RDD / Padronização | Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências | 
|---|---|---|---|---|
| - | Extrato etanólico. Concentrações para ensaio: 1, 4, 8, 16, 32, 64, 80 e 100 mg/mL. | In vitro: Em amostra de urina submetida a cristalização induzida por oxalato de sódio. 
 | O extrato etanólico de B. pinnatum apresenta atividade litolítica, principalmente em altas concentrações. | [
  
          4  
] | 
Relaxante muscular
| Parte da planta | Extrato / RDD / Padronização | Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências | 
|---|---|---|---|---|
| Folha | Sumo do material vegetal fresco. Doses para ensaio: 3,3, 6,7, 10,0 e 13,3 µg/mL. | In vitro: Em células musculares miometriais humana submetidas a investigação de contratilidade e teste de viabilidade celular. 
 | Observou-se que B. pinnatum apresentou efeito relaxante na dose de 10,0 µg/mL, sem danos a viabilidade celular. | [
  
          1  
] | 
| Folha | Sumo. Rendimento: 580 mg de sumo/1 g de folha fresca. Concentração: 1, 2, 5 e 10%. | In vitro: Em amostras de miométrio de gestantes submetidos a avaliação de contratilidade em miógrafo. 
 | Observou-se que B. pinnatum apresenta atividade relaxante da musculatura lisa. | [
  
          3  
] | 
| Folha | Sumo. Rendimento: 580 mg de sumo/1 g de planta fresca. Concentração para ensaio: 2%. | In vitro: Em células miométricas, hTERT-C3 e M11, marcadas com indicador florescente sensível ao cálcio (FURA-2/AM) e estimuladas por ocitocina. 
 | Observou-se que B. pinnatum inibiu o aumento de cálcio induzido por ocitocina. | [
  
          5  
] | 
| Folha | Solução estoque: 100%. Ampola: 100 mL a 5%. | In vitro: Em amostra de miométrio de mulheres submetidas a cesariana. 
 | Observou-se que B. pinnatum apresenta atividade relaxante da musculatura lisa. | [
  
          6  
] | 
| Folha | Sumo. | In vitro: Em bexiga urinária suína tratada com KCl. 
 | Observou-se que B. pinnatum inibiu a contratilidade e aumentou a força de contração muscular. | [
  
          12  
] | 
| Folha | Sumo. Concentrações para ensaio: 2,5, 5 e 10% (v/v). | In vitro: Em fragmentos do músculo detrusor suíno submetidos a contratilidade elétrica. 
 | Observou-se que B. pinnatum apresenta ação inibitória da contratilidade muscular, dose-dependente. | [
  
          15  
] | 
| Folha | Sumo. Concentrações para ensaio: 0,1, 0,5, 1, 2,5, 5 e 10%. | In vitro: Em fragmentos do músculo detrusor suíno submetidos a métodos de contratilidade. 
 | Observou-se que B. pinnatum apresenta atividade relaxante do músculo liso. | [
  
          18  
] | 
Referências bibliográficas
Ácidos
cafeico, ferúlico, fumárico, lático, málico, oxálico, p-cumárico, isocítrico, cinâmico, ácido palmítico e ácido esteárico.
Flavonas metoxiladas
5,7,4'-triidroxi-8,3'-dimetoxi-flavona; 5,8,4'-triidroxi-6,3'-dimetoxi-flavona (jaceosidina) e 5,7,-diidroxi-8,4'-dimetoxi-flavona (galangustina).
Flavonoides
kaempferol, quercitina, quercetina 3-α-L-rha-β-D-xil, 3-O-a-L-ramnopiranosídeo de quercetina (quercitrina), 3-O-a-L-ramnopiranosídeo de kaempferol (afzelina), 3-O-a-L-arabinopiranosil (1,2)-a-L-ramnopiranosídeo de quercetina, derivado vinílico glicosilado (3-O-a-arabinopiranosil-(1,6)-b-glucopiranosil-1-octen-3-ol) e 1-octen-3-O-α-L-arabinopiranoil-(1->6)-β-glucopiranosideo.
Mucilagens
Outras substâncias
α e β amirina, briofilina, friedelina, glutinol, taraxerol e patuletina.
Referências bibliográficas
suspender o uso se houver alguma reação indesejável.
uso prolongado e doses altas[1].
pode causar hipotireoidismo, se uso prolongado. Estudos em animais demonstraram efeitos tóxicos relacionados aos bufadienolídeos presentes nesta espécie[2,3].
não há dados na literatura.
Referências bibliográficas
reproduz facilmente por brotação a partir de qualquer parte da planta, inclusive folha [ 1 ] .
Referências bibliográficas
 
                









