Cayaponia tayuya (Vell.) Cogn.

Taiuá.

Família 
Informações gerais 

Espécie encontrada na América do Sul, especialmente na região Amazônica. Suas principais indicações são: antissifilítica, depurativa, antioxidante, adaptógena, antiofídica e antirreumática[1,2].

Referências informações gerais
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 210-215.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2014, p.75-76.
Descrição da espécie 

Liana, herbácea, com longas raízes tuberosas e ramos sulcados, um tanto carnosos; folhas alternas, tri ou pentalobadas, de até 18 cm de comprimento; inflorescências unissexuais, solitárias, com flores masculinas ou femininas, de cor amarela; frutos de até 3 cm de diâmetro, em bagas oblongas, de cor alaranjada, e com 3 sementes grandes no seu interior[1].

Referências descrição da espécie
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 211.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Taiuiá Brasil Raiz tuberosa

No tratamento de herpes labial.

Tintura.

Aplicar com algodão até 5 vezes ao dia.

-

[ 1 ]

Referências bibliográficas

1 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 233.

Farmácia da Natureza
[ 1 ]

Fórmula

Tintura

Alcoolatura

Componente

Quantidade

Componente

Quantidade*

Etanol/água 70%

1000 mL

Etanol/água 80%

1000 mL

Raiz tuberosa seca

100 g

Raiz tuberosa fresca

200 g

                                                                    * Após a filtragem ajustar o teor alcoólico da alcoolatura para 70%, com adição de etanol 98%, se necessário. 
Modo de preparo

Tintura: pesar 100 g de raiz seca pulverizada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Alcoolatura: pesar 200 g de raiz fresca, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Principais indicações

Processos inflamatórios em geral e intoxicações.

Posologia

Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).

Farmácia da Natureza
[ 2 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Fase A: (infusos/decoctos)

 

Água destilada

1000 mL

Annona muricata (entrecasca seca)

5 g

Leonurus sibiricus (planta toda seca)

5 g

Orbignya speciosa (folha seca)

7,5 g

Rosa alba (pétala seca)

2,5 g

Stachytarpheta cayennensis (planta toda)

5 g

Tabebuia avellanedae (entrecasca seca)

7,5 g

Thuja occidentale (folha seca)

2,5 g

Fase B: (alcoolaturas)

 

Annona muricata (entrecasca)

5 mL

Cayaponia tayuya (raiz)

10 mL

Leonurus sibiricus (planta toda)

10 mL

Orbignya speciosa (folha)

5 mL

Rosa alba (pétala)

10 mL

Stachytarpheta cayennensis (planta toda)

2,5 mL

Tabebuia avellanedae (entrecasca)

15 mL

Thuja occidentale (folha)

15 mL

Nipagin® 0,2%

2 g

 
Modo de preparo

Fase A: colocar as entrecascas em água fervente e deixar ferver por 5 minutos aproximadamente; em seguida colocar folhas e flores secas e pesadas, após levantar fervura, desligar o fogo, deixando em infusão por no mínimo 2 horas.

Fase B: filtrar em papel de filtro, na temperatura de 50°C, adicionar as alcoolaturas e o conservante (Nipagin®) diluído em q.s. álcool etílico 98°GL. Deixar esfriar, envasar em frascos de vidro âmbar esterilizados e etiquetar.

Principais indicações

Esgotamento físico e mental, estados de convalescença, imunodeficiências secundárias.

Posologia

Uso oral: tomar 1 colher de sobremesa, 2 a 3 vezes ao dia.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 76-78.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 330-331.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Flavonoides

vicenina, espinosina, isovitexina, suertisina, isosuertisina, isoorientina e orientina.

Glicosídeos

cayaponosídeos e 29-nor-cucurbitacina.

Outras substâncias

cucurbitanos, esteróis, compostos fenólicos, ácidos orgânicos (málico) e robiletina.

Resinas

Saponinas

Triterpenos tetracíclicos

23,24-dihydrocucurbitacina B e F, cucurbitacina F e R, 25-acetil-23,24-dihydrocucurbitacina F, 2-O-β-D-glucopyranosyl-23,24-dihydrocucurbitacina F.

Referências bibliográficas

1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 211.
2 - AQUILA, S. et al. Anti-inflammatory activity of flavonoids from Cayaponia tayuya roots. J Ethnopharmacol, v. 121, n. 2, p.333-337, 2009. doi: 10.1016/j.jep.2008.11.002
3 - ESCANDELL, J. M. et al. Dihydrocucurbitacin B inhibits delayed type hypersensitivity reactions by suppressing lymphocyte proliferation. J Pharmacol Exp Ther, v. 322, n. 3, p.1261-1268, 2007. doi: 10.1124/jpet.107.122671
4 - RECIO, M. C. et al. Anti-inflammatory activity of two cucurbitacins isolated from Cayaponia tayuya roots. Planta Med, v. 70, n. 5, p.414-420, 2004. doi: 10.1022/s-2004-818968
5 - KONOSHIMA, T. et al. Inhibitory effects of cucurbitane triterpenoids on Epstein-Barr virus activation and two-stage carcinogenesis of skin tumor. II. Biol Pharm Bull, v. 18, n. 2, p.284-287, 1995. doi: 10.1248/bpb.17.668

Propagação: 

é realizada por sementes ou brotação da túbera. As sementes devem ser semeadas em bandejas de isopor contendo substrato organomineral. As brotações da túbera são enraizadas em areia ou vermiculita, mantidas umedecidas [ 1 ] .

Colheita: 

inicia-se no segundo ano após o cultivo, de outubro a fevereiro. Segundo a sabedoria popular, as partes subterrâneas das plantas devem ser colhidas na lua minguante [ 1 ] .

Referências bibliográficas

1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 211.

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
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