Cinchona officinalis L.

Quina.

Sinonímia 
Cinchona calisaya Wedd.
Família 
Informações gerais 

Nativa da cordilheira dos Andes na Bacia Amazônica, encontra-se cultivada em vários países, incluindo o Brasil. Suas principais indicações são: febrífuga, antimalárica, tônica nas convalescenças, adstringente, antisséptica, analgésica e estomáquica[1,2].

Referências informações gerais
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 233-237.
2 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 455-456. 
Descrição da espécie 

Árvore semidecídua, de até 35 m de altura, ou arbusto de 4 m de altura, possui copa pequena e irregular, tronco pardo-claro ou escuro, com casca irregular, cortiçada, grossa, sulcada; folhas simples e cartáceas, opostas, elíptico-lanceoladas, nervuras salientes na face ventral, de até 15 cm de comprimento, com pecíolo avermelhado; flores discretamente rosadas ou brancas, numerosas e pequenas, dispostas em panículas axilares terminais, levemente aromáticas[1,2].

Referências descrição da espécie
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p.
2 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 455.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Cascarilla, corteza crespilla, calisaya del mondel bajo e quina-quina. Peru Córtex fresco ou seco (picado)

cardiotônica, Antitérmica, digestiva e no tratamento de câimbras musculares.

Decocção: 1 colher (chá) de córtex. Deixar em repouso por 5 a 10 minutos. 

Tomar (ainda quente) 1 xícara 3 vezes ao dia.

-

[ 1 ]
Cascarilla, corteza crespilla, calisaya del mondel bajo e quina-quina. Peru Córtex fresco ou seco (picado)

No tratamento de resfriando comum.

Infusão: 1 colher (chá) de córtex.

Tomar (ainda quente) 1 xícara 3 vezes ao dia.

-

[ 1 ]
Cascarilla, corteza crespilla, calisaya del mondel bajo e quina-quina. Peru Córtex fresco ou seco (picado)

Febrífuga e antimalárica.

Pó, tintura e extrato fluido.

Dose indicada: 1 g.

-

[ 1 ]
Cascarilla e quina. Equador (indígenas) Córtex (triturado ou não)

Antitérmica.

-

Uso interno.

-

[ 1 ]
Cascarilla. - Córtex

Antimalárica.

Maceração.

Uso interno.

-

[ 1 ]
Quineira, quina-amarela, quina-quina e quina-verdadeira. Brasil -

Tônica geral, aperiente, estomáquica, febrífuga, antidispéptica, antimalárica e antianêmica.

-

-

-

[ 2 ]
Quina. Brasil Casca

No tratamento de febre aguda e crônica.

Decocção: colocar 1 a 1,5 colheres da droga vegetal em 1 e 1/2 xícaras de água. Deixar ferver por 2 minutos. Coar em filtro de papel ou algodão.

Tomar 3 xícaras ao dia. Ingerir a preparação ainda de morno para quente.

Uso excessivo pode causar "cinchonismo", caracterizado por sintomas como: dor de cabeça, náuseas, zumbidos nos ouvidos, distúrbios visuais, podendo levar à morte. Não utilizar na gravidez e lactação.

[ 3 ]

Referências bibliográficas

1 - GUPTA, M. P. (Ed.). 270 Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andres Bello, 1995. p. 477.
2 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 456.
3 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 217.

Inibidora da enzima acetilcolinesterase

Inibidora da enzima acetilcolinesterase
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Casca

Extrato: maceração de 1 g do material vegetal em 20 mL de água/metanol (1:1 v/v). Concentração: 100 µg/mL.

In vitro:

Método Ellman para avaliar a atividade inibitória da acetilcolinesterase (AChE).

 

O extrato de C. officinalis não apresentou atividade inibitória significativa de AChE.

[ 1 ]
Ensaios toxicológicos

Toxicidade fetal e materna

Toxicidade fetal e materna
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Água Inglesa®. Padronização: 400 µg de quinina. Doses para ensaio: 1,5, 3,0 e 4,5 mL/kg, e 2000 mg/kg.

In vitro:

Teste do micronúcleo  para avaliar o potencial genotóxico em medula óssea.

 

In vivo:

Em camundongos fêmeas BALB/c submetidas ao tratamento com Água Inglesa nos períodos pré acasalamento, pré e pós implantação para avaliar sinais de toxicidade.

O fitoterápico não apresentou atividade estimuladora da fertilidade feminina. Em baixas doses não houve sinais de toxicidade fetal e nem materna, contudo em altas doses houve redução do peso fetal, além de observar efeito mutagênico em medula óssea (2000 mg/kg).

[ 2 ]

Referências bibliográficas

1 - JAZAYERI, S. B. et al. A preliminary investigation of anticholinesterase activity of some Iranian medicinal plants commonly used in traditional medicine. Daru, v. 22, n. 1, p.1-5, 2014. doi: 10.1186/2008-2231-22-17
2 - DO AMARAL, V. L. et al. Reproductive toxicology and clastogenic evaluation in mice of a phytotherapeutic formulation obtained from Cinchona calisaya Weddel (Rubiaceae) used in Brazilian folk medicine as female fertility stimulant. J Ethnopharmacol, v. 155, n. 3, p.1508-1512, 2014. doi: 10.1016/j.jep.2014.07.038 

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Ácidos fenólicos

cafeico e quínico.

Alcaloides

quinina, quinidina, cinchonina, cinchonidina, homocinchonidina, cinchotina, cinchonamina, quinotoxina, quinamina, cupreina, cinchofilamina, epiquinamina, cinchonaína IA, cinhonaína IB, cinhonaína IC, cinchonaína ID, cinchonaína IIA e cinhonaína IIB.

Fitosteróis

β-sitosterol.

Óleos essenciais

terpineno, humuleno, p-cimeno, cânfora, limoneno, naftaleno e β-cariofileno.

Outras substâncias

polissacarídeos, lipídeos, oxalato de cálcio, epicatequina, avicularina, 3-α, 17β-cincofilina e 3β-17β-cinofilina.

Resinas

Saponinas

Taninos

Triterpenos pentacíclicos

ácido quinóvico.

Referências bibliográficas

1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 234.
2 - GUPTA, M. P. (Ed.). 270 Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andres Bello, 1995. p. 478.
3 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 217.

Propagação: 

é realizada por sementes, e é de crescimento lento [ 1 ] .

Colheita: 

as partes aéreas das plantas devem ser coletadas, preferencialmente pele manhã, na lua cheia ou nova (segundo a sabedoria popular) [ 1 ] .

Referências bibliográficas

1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p.

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2019
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1959
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1959
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Tipo de Monografia: Farmacopeia
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
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