Cucurbita pepo L.

Abóbora e jerimum.

Família 
Informações gerais 

Originária da África, Ásia, América Central e do Sul. Muito cultivada no Brasil e em áreas tropicais no mundo inteiro, sendo utilizada na alimentação humana e de animais. Suas principais indicações terapêuticas são: estomáquica, antitérmica, anti-inflamatória, antidiarreica, antioxidante, vermífuga, diurética e importante no tratamento da hipertrofia prostática[1,2,3,4].

Referências informações gerais
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 277-282.
2 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 227.
3 - CAMARGO, M. T. L. A. As plantas medicinais e o sagrado: a etnofarmacobotânica em uma revisão historiográfica da medicina popular no Brasil. 1 ed. São Paulo: Ícone, 2014. p. 120.
4 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2014, p. 97-99.
Descrição da espécie 

Planta herbácea rasteira ou trepadeira, muito ramificada, de ramos um tanto carnosos, duro, anguloso, frequentemente aculeado, com até 12 m de comprimento; folhas grandes, alternas, longo-cordiformes, com recorte geralmente profundo ou intermediário, ápice agudo, com pecíolos ocos, revestidas de pelos ásperos; flores grandes, amarelas ou alaranjadas, hermafroditas; fruto do tipo pepônio, com polpa branca, amarela ou alaranjada, textura finamente granulosa ou fibrosa gelatinosa; as sementes são de cor branca à marrom, achatadas, quadradas ou arredondadas, simétricas e de superfície lisa[1,2,3,4].

Referências descrição da espécie
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 278.
2 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 227-228.
3 - BRASIL. BARBIERI, R. L. et al. Embrapa. Chave para a identificação das espécies de abóboras (Cucurbita, Cucurbitaceae) cultivadas no Brasil. Disponível em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/33837/1/documento-197.pdf. Acesso em 03 jan. 2019.
4 - MATOS, F. J. A. O formulário fitoterápico do professor Dias da Rocha: Informações sobre o emprego na medicina caseira, de plantas do Nordeste, especialmente do Ceará. 2 ed. Fortaleza: EUFC, 1997, p. 145.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Abóbora Brasil Semente

Vermífuga (lombrigas, solitárias e oxiúros).

In natura.

Mastigar bem e ingerir 1 a 1,5 colheres (sopa) de sementes 2 vezes ao dia/4 dias.

Cautela ao associar com diuréticos. Não usar na gravidez e lactação.

[ 1 ]
Jerimum Ceará (Brasil) Folha

No tratamento de erisipela.

Triturar as folhas.

Uso externo.

-

[ 2 ]
Ahuyama e kuerbis Colômbia (Zona Tropical) Semente

No tratamento de retenção urinária, problemas prostáticos e vermífuga.

Sementes picadas.

Comer de 1 a 2 colheres de sementes picadas em água, duas vezes ao dia (manhã e noite).

-

[ 3 ]
Ahuyama e kuerbis Colômbia (Zona Tropical) Semente

Em casos de déficit de zinco, problemas prostáticos e incontinência devido a idade avançada.

In natura.

Comer de 2 a 3 colheres de sementes, 1 vez ao dia.

-

[ 3 ]
Ahuyama e kuerbis Colômbia (Zona Tropical) Folha

Antifúngica (pele).

Macerar para obtenção do sumo.

-

-

[ 3 ]
Ahuyama e kuerbis Colômbia (Zona Tropical) Fruto

Auxilia na cicatrização de ossos fraturados.

Cozinhar o fruto.

-

-

[ 3 ]
Jerimum-de-leite Ceará (Brasil) Polpa do fruto

No tratamento da deficiência de vitamina A.

-

Ingerir 20 a 30 g ou uma fatia.

-

[ 4 ]
Abóbora, cabaceira, cucurbita-potiro e jerimum Brasil Fruto

No tratamento de queimaduras, feridas e corrimento vaginal (banho de assento).

Cozinhar a polpa e preparar um líquido espesso.

Uso externo.

-

[ 5 ]
Abóbora, cabaceira, cucurbita-potiro e jerimum Brasil Semente

Vermífuga (tênia e solitária).

Assar 30 a 60 sementes sem casca e misturar com 4 colheres (sopa) de açúcar mascavo e 10 colheres (sopa) de leite.

 Ingerir toda a mistura em jejum. Após 2 horas tomar 1 colher (sopa) de óleo de rícino para expelir os vermes mortos.

-

[ 5 ]
Abóbora, cabaceira, cucurbita-potiro e jerimum Brasil Fruto

Antidiarreico.

Cozinhar o fruto.

-

-

[ 5 ]
Abóbora, cabaceira, cucurbita-potiro e jerimum Brasil Fruto

No tratamento de prisão de ventre.

Suco: fruto cru com açúcar.

Tomar o preparado em dias alternados, pela manhã/1 mês.

-

[ 5 ]
Abóbora, cabaceira, cucurbita-potiro e jerimum Brasil Folha

No tratamento de queimaduras e erisipela.

Suco.

Uso externo.

-

[ 5 ]
Abóbora, cabaceira, cucurbita-potiro e jerimum Brasil Flor

estomáquica, antitérmica e anti-inflamatória (rins, baço e fígado).

Chá.

-

-

[ 5 ]
- Camboja, Laos e Vietnã -

Vermífuga, e útil no tratamento de gastrite, constipação e abscessos.

-

-

-

[ 6 ]
- Malásia -

Vermífuga e para atenuar o desconforto na gestação.

-

-

-

[ 6 ]
- Índia -

No tratamento da tuberculose e para estimular a micção.

-

-

-

[ 6 ]
- China -

No tratamento de resfriados e analgésica.

-

-

-

[ 6 ]
Pumpkin Trinidad e Tobago -

No tratamento de problemas da próstata.

-

-

-

[ 7 ]
Intshunga Região de Newcastle (KwaZulu-Natal) Folha e caule

No tratamento de diabetes mellitus.

Infusão.

Uso interno.

-

[ 8 ]

Referências bibliográficas

1 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 36.
2 - MATOS, F. J. A. O formulário fitoterápico do professor Dias da Rocha: Informações sobre o emprego na medicina caseira, de plantas do Nordeste, especialmente do Ceará. 2 ed. Fortaleza: EUFC, 1997, p. 145.  
3 - WEDLER, E. Atlas de las plantas medicinales silvestres y cultivadas em la zona tropical. 2 ed. Colômbia: Todográficas Ltda, 2017, p. 181-182.
4 - MATOS, F. J. A. Plantas medicinais: Guia de seleção e emprego de plantas medicinais usadas em fitoterapia no Nordeste do Brasil. 2 ed. Fortaleza: Imprensa Universitária – UFC, 2000, p. 139 e 303.
5 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 227.
6 - WIART, C. Terpenes. In: Lead Compounds from Medicinal Plants for the Treatment of Cancer. 1. ed. Cambridge: Academic Press, 2012, p. 168.
7 - LANS, C. Ethnomedicines used in Trinidad and Tobago for reproductive problems. J Ethnobiol Ethnomed, v. 3, p.1-12, 2007. doi: 10.1186/1746-4269-3-13
8 - BOADUO, N. K. et al. Evaluation of six plant species used traditionally in the treatment and control of diabetes mellitus in South Africa using in vitro methods. Pharm Biol, v. 52, n. 6, p.756-761, 2014. doi: 10.3109/13880209.2013.869828

Anti-inflamatória e Antitumoral

Anti-inflamatória e Antitumoral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Extrato: 100 g do material vegetal (fresco) em 100 mL de etanol absoluto. Outras espécies em estudo: Lagenaria siceraria e Luffa cylindrica.

In vitro:

Em células de tumorais do cólon humano (HT-29 e HCT-15) e em células mononucleares de sangue periférico humano, submetidas aos ensaios de citotoxicidade (MTT e LDH), apoptose (caspase-3 e anexina V) e incubadas com peróxido de hidrogênio (H2O2) para avaliar a produção da citocina IL-8.

 

Observou-se que os extratos em estudo reduziram a viabilidade, principalmente em células tumorais, bem como os níveis de IL-8. Contudo, a atividade apoptótica foi mais expressiva para as espécies L. siceraria e L. cylindrica.

[ 2 ]

Antimicrobiana e Antitumoral

Antimicrobiana e Antitumoral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto e semente

Extrato: 250 g da polpa do fruto (pó) em 2 L de metanol, com posterior extração com clorofórmio. Rendimento: 7,3 g.

Extrato: 100 da casca do fruto (pó) em 1,2 L de metanol, com posterior extração com clorofórmio. Rendimento: 4,1 g.

Óleo: material vegetal (semente) em hexano.

In vitro:

Em cepas de Bacillus subtilis, B. cereus e Saccharomyces cerevesiae submetidas ao ensaio disco-difusão em ágar, em vírus das vacinas contra a doença de Newcastle (pseudo peste aviária) e IBDV (bursite infecciosa) adaptados em células Vero e em carcinomas HEPG2 e MCF7.

 

Observou-se que C. pepo apresenta atividades antitumoral (polpa, casca e semente), antifúngica (semente), antibacteriana e antiviral (polpa e casca).

[ 3 ]

Antiparasitária

Antiparasitária
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Óleo. Dose para ensaio: 50 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss infectados com Schistosoma mansoni e tratados com o óleo vegetal isolado ou em associação com Praziquantel, com posterior avaliação da carga de vermes e ovos nos tecidos (fígado e íleo), do oograma, determinar a concentração hepática de MAD, SOD, ALT, AST e ALP, e exames histopatológico e imuno-histoquímico (anti-CD34+).

O óleo das sementes de C. pepo demonstrou baixa efetividade, contudo a combinação do óleo vegetal e Praziquantel apresentou resultados promissores quanto as atividades antiparasitária, antioxidante e antifibrótica.

[ 4 ]

Cicatrizante

Cicatrizante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Óleo: extração a frio. Dose para ensaio: 0,52 µL/mm2.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de ferida dorsal induzida (com espessura total de 1,5 cm x 1,0 cm), tratados com o óleo vegetal a cada 2 dias, com posterior análise da área afetada, histológica e da produção de hidroxiprolina no tecido.

Observou-se que o óleo das sementes de C. pepo apresenta atividade cicatrizante.

[ 1 ]
Semente

Óleo. Dose para ensaio: 0,52 µL/mm2. Outra espécie em estudo: Linum usitatissimum.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de queimaduras de 2º grau localizadas na parte dorsal (3,8 cm2), induzidas por bastão de metal quente, tratados com os óleos vegetais a cada 2 dias, com posterior análise da área afetada e histológica.

Observou-se que os óleos vegetais apresentam atividade cicatrizante, sendo que C. pepo estimula a produção de colágeno e L. usitatissimum a angiogênese.

[ 5 ]

Gastroprotetora

Gastroprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências

Extrato: 1 kg do material vegetal (pó) em água (1:3). Rendimento: 29,3% (p/p). Doses para ensaio: 200, 300, 350, 400, 450 e 500 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Holtzman portadores de úlceras gástrica e duodenal induzidas por aspirina, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise histológica, presença de fosfatase alcalina e espessura da mucosa em ambos os órgãos.

Observou-se que o pré-tratamento com extrato de C. pepo apresenta atividades gastroprotetora e antiulcerogênica.

[ 10 ]

Hiperplasia prostática

Hiperplasia prostática
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Óleo. Doses para ensaio: 2,0 e 4,0 mg/100 g.

In vivo:

Em ratos portadores de hiperplasia prostática induzida por testosterona, tratados com o óleo vegetal, com posterior avaliação do peso corporal e análise histológica.

Observou-se que o óleo das sementes de C. pepo reduz a hiperplasia prostática induzida por testosterona, dose-dependente.

[ 11 ]

Hipocolesterolemiante

Hipocolesterolemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

43 g do material vegetal inserido na dieta alimentar.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de aterosclerose induzida por dieta rica em lipídeos, suplementados com semente de abóbora, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (TC, TG, LDL, HDL, CRP, NO e arginina).

Observou-se que a suplementação com sementes de C. pepo reduz os níveis de colesterol total e LDL, além de aumentar a concentração de HDL.

[ 8 ]

Hipoglicemiante

Hipoglicemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 3 g do material vegetal (pó) em 30 mL de acetona, metanol, hexano ou acetato de etila. Outras espécies em estudo: Senna alexandrina, Cymbopogon citratus, Nuxia floribunda, Hypoxis hemerocallidea e Cinnamomum cassia.

In vitro:

Determinar a atividade das enzimas α-amilase e α-glicosidase, e a atividade excretora de insulina em ilhotas de Langerhans isoladas de ratos Sprague-Dawley.

 

Observou-se que as plantas em estudo reduzem a atividade de enzimas gastrointestinais, contudo, apenas o extrato de acetona de H. hemerocallidea estimulou a excreção de insulina.

[ 7 ]
Fruto (casca)

Extrato: material vegetal (pó) em etanol à 50%. Doses para ensaio: 250 e 500 mg/kg. Outras espécies em estudo: Cucumis sativus e Praecitrullus fistulosus.

In vivo:

Em camundongos Swiss portadores de diabetes induzido por aloxana, tratados com extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (glicose, insulina, triiodotironina, tiroxina, colesterol total, triglicerídeos e lipoproteínas) e em homogenato hepático (LPO, SOD e CAT).

Observou-se que o extrato de C. pepo apresentou atividade hipoglicemiante mais potente, em relação às outras espécies vegetais, além das ações hipolipemiante e antioxidante.

[ 9 ]

Neuroprotetora

Neuroprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto (casca)

Extrato: 2 kg do material vegetal (pó) em 4 L de metanol à 95%. Doses para ensaio: 200 e 400 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley portadores de neurotoxicidade induzida por tetracloreto de carbono (CCl4), com posterior análise bioquímica do tecido cerebral (proteínas totais, CAT, POD, SOD, GST, GSR, GSH-Px, QR, GSH e TBARS).

Observou-se que o extrato da casca do fruto de C. pepo apresenta atividade neuroprotetora, dose-dependente, restaurando a ação de enzimas antioxidantes e melhorando a peroxidação lipídica.

[ 6 ]

Referências bibliográficas

1 - BARDAA, S. et al. Oil from pumpkin (Cucurbita pepo L.) seeds: evaluation of its functional properties on wound healing in rats. Lipids Health Dis, v. 15, p.1-12, 2016. doi: 10.1186/s12944-016-0237-0
2 - SHARMA, D. et al. Anticancer and anti-inflammatory activities of some dietary cucurbits. Indian J Exp Biol, v. 53, n. 4, p.216-221.
3 - BADR, S. E. et al. Chemical composition and biological activity of ripe pumpkin fruits (Cucurbita pepo L.) cultivated in Egyptian habitats. Nat Prod Res, v. 25, n. 16, p.1524-1539, 2011. doi: 10.1080/14786410903312991
4 - BESHAY, E. V. N. et al. Schistosomicidal, antifibrotic and antioxidant effects of Cucurbita pepo L. seed oil and praziquantel combined treatment for Schistosoma mansoni infection in a mouse model. J Helminthol, v. 93, n. 3, p.286-294, 2019. doi: 10.1017/S0022149X18000317
5 - BARDAA, S. et al. The evaluation of the healing proprieties of pumpkin and linseed oils on deep second-degree burns in rats. Pharm Biol, v. 54, n. 4, p.581-587, 2016. doi: 10.3109/13880209.2015.1067233
6 - ZAIB, S.; KHAN, M. R. Protective effect of Cucurbita pepo fruit peel against CCl4 induced neurotoxicity in rat. Pak J Pharm Sci, v. 27, n. 6, p.1967-1973, 2014. 
7 - BOADUO, N. K. et al. Evaluation of six plant species used traditionally in the treatment and control of diabetes mellitus in South Africa using in vitro methods. Pharm Biol, v. 52, n. 6, p.756-761, 2014. doi: 10.3109/13880209.2013.869828
8 - ABUELGASSIM, A. O.; AL-SHOWAYMAN, S. I. The effect of pumpkin (Cucurbita pepo L.) seeds and L-arginine supplementation on serum lipid concentrations in atherogenic rats. Afr J Tradit Complement Altern Med, v. 9, n. 1, p.131-137, 2011. doi: 10.4314/ajtcam.v9il.18
9 - DIXIT, Y.; KAR, A. Protective role of three vegetable peels in alloxan induced diabetes mellitus in male mice. Plant Foods Hum Nutr, v. 65, n. 3, p.284-299, 2010. doi: 10.1007/s11130-010-0175-3
10 - SARKAR, S.; BUHA, D. Effect of ripe fruit pulp extract of Cucurbita pepo Linn. in aspirin induced gastric and duodenal ulcer in rats. Indian J Exp Biol, v. 46, n. 9, p.639-645, 2008. 
11 - GOSSELL-WILLIAMS, M. et al. Inhibition of testosterone-induced hyperplasia of the prostate of sprague-dawley rats by pumpkin seed oil. J Med Food, v. 9, n. 2, p.284-286, 2006. doi: 10.1089/jmf.2006.9.284

Farmácia da Natureza
[ 1 ]

Fórmula

Alcoolatura

Componente

Quantidade*

Etanol/água 80%

1000 mL

Flor fresca

200 g

                                                                        * Após a filtragem ajustar o teor alcoólico da alcoolatura para 70%, com adição de etanol 98%, se necessário. 
Modo de preparo

Alcoolatura: pesar 200 g de flor fresca rasurada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar. (Não lavar as flores, apenas limpar com papel macio).

Principais indicações

Processos dolorosos articulares e musculares.

Posologia

Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso, divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).

Uso tópico: na forma de pomada, creme ou gel (a 10%), aplicar na área afetada 2 a 3 vezes ao dia.

Farmácia da Natureza
[ 2 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Fase A: (infusos/decoctos)

 

Água destilada

1000 mL

Artemisia vulgaris (parte aérea seca)

25 g

Bromelia antiacantha (fruto fresco)

20 g

Carica papaya (flor seca)

12,5 g

Cucurbita pepo (semente sem casca seca)

5 g

Foeniculum vulgare (fruto maduro e seco)

25 g

Mentha spicata  (parte aérea seca)

50 g

Stachytarpheta cayennensis (planta toda)

10 g

Fase B: (alcoolaturas)

 

Artemisia vulgaris (folha)

12,5 mL

Carica papaya (flor)

6,25 mL

Cucurbita pepo (flor)

2,5 mL

Foeniculum vulgare (folha)

12,5 mL

Mentha spicata (parte aérea)

25 mL

Stachytarpheta cayennensis (planta toda)

5 mL

Nipagin® 0,2%

2 g

 
Modo de preparo

Fase A: colocar as plantas em água fervente, e deixar ferver por 5 minutos aproximadamente; e após levantar fervura, desligar o fogo, deixando em infusão por no mínimo 2 horas.

Fase B: filtrar o chá em papel de filtro, na temperatura de 50°C, adicionar as alcoolaturas, tinturas e o conservante (Nipagin®) diluído em q.s. álcool etílico 98°GL. Deixar esfriar, envasar em frascos de vidro âmbar esterilizados e etiquetar.

Principais indicações

Verminoses em geral.

Posologia

Uso oral: crianças de 1 a 7 anos, tomar 1 colher de café, 3 vezes ao dia, por 7 dias; crianças de 7 a 12 anos, tomar 1 colher de chá, 3 vezes ao dia, por 7 dias; adolescentes com 12 anos ou mais e adultos, tomar 1 colher de sobremesa, 3 vezes ao dia, por 7 dias.

Farmácia da Natureza
[ 3 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Cordia verbenacea (tintura a 10% em etanol 70%)

10 mL

Cucurbita pepo (alcoolatura a 20% em etanol 80%)

10 mL

Creme base não iônico

80 g

 
Modo de preparo

Pesar o creme base e incorporar a tintura e a alcoolatura.

Principais indicações

Analgésico e anti-inflamatório.

Posologia

Uso externo: passar na área afetada 2 vezes ao dia.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 101-103.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 333-334.
3 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 368.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 , 7 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Ácidos graxos insaturados

ácidos oleico e linoleico.

Açúcares

oligossacarídeos e polissacarídeos.

Alcaloides

berberina e palmatina.

Aminoácidos

cucurbitina, ácido aspártico, serina, ácido glutâmico, leucina, lisina e arginina.

Compostos voláteis

acetaldeído, pentano, acetona, isobutanal, 2-butenal, 2-butanona, hexano, 3-metilbutanal, 2-metilbutanal, pentanal, hexanal, 4-octeno e 2-heptenal.

Diterpenos

12α-(β-D-glucopiranosiloxi)-7β-hidroxicaurenolida e 7β-(β-D-glucopiranosiloxi)-12α-hidroxicaurenolida.

Esteroides

24β-etil-5α-colesta-7,25(27)dien-3 β-ol, 24β-etil-5α-colesta-7, trans-22,25(27)-trien-3β-ol, espinaserol, codisterol, 25(27)-dehidroporiferasterol, clerosterol, isofucosterol, stigmasterol, campesterol, β-sitosterol, sitostanol, 25(27)-dehydrofungisterol, 25(27)-dehidrochondrillasterol, 24b-etil25(27)-dehidrolathosterol, avenasterol, 22-dihidrospinasterol, Δ-7-campesterol, Δ-5-avenasterol, Δ-5-24- stigmastadienol, Δ-7-stigmastenol e Δ-7-avenasterol.

Fitosteróis

Flavonoides

isoquercitrina, astragalina, rhamnocitrina 3-O-glicosideo, isorhamnetina 3-O-glicosideo, narcissina, nicotiflorina, rutina e rhamnocitrina 3-O-rutinosideo.

Glicosídeos cucurbitanos

cucurbitacin L 2-O-β-D-glucopiranoside, cucurbitacina K 2-O-β-D-glucopianosideo, 2,16-dihidroxi-22,23,24,25,26,27-hexanocucurbita-5-em-11,20-dione 2-O-β-D-glucopiranosideo e 16-hidroxi-22,23,24,25,26,27-hexanorcucurbita-5-em-11,20-dione 3-O-α-1-rhamnopiranosil-(1 2)-β-D-glucopiranosideo e cucurbitaglicosideos A e B.

Glicosídeos hexanorcucurbitanos

2,16-dihidroxi-22,23,24,25,26,27-hexanorcucurbita-5-en-11,20-dione 2-O-β-D-glucopyranosideo, 16-hidroxi-22,23,24,25,26,27-hexanorcucurbita-5-en-11,20-dione, 3-O-α-L-rhamnopiranosil -β-D-glucopiranosideo.
Flavonoides: isoquercitrina, astragalina, rhamnocitrina 3-O-glicosideo, isorhamnetina 3-O-glicosideo, narcissina, nicotiflorina, rutina e rhamnocitrina 3-O-rutinosideo.

Lignanas

secoisolariciresiol e lariciresinol.

Minerais

zinco.

Outras substâncias

luteína, zeaxantina e β-caroteno.

Proteínas

aleurona.

Resinas

pepo-resina.

Triterpenoides

3α-p-nitrobenzoylmultiflora-7:9(11)-diene-29-benzoato, 3α-acetoxymultiflora-7:9(11)-diene-29-benzoato e 3α-acetoxymultiflora-5(6):7:9(11)-triene-29-benzoato.

Triterpenos

24-dihidrocucurbitacina D, cucurbitacina B e cucurbitacina E.

Vitaminas

α e γ-tocoferol.

Referências bibliográficas

1 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 36.
2 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 227.
3 - WIART, C. Terpenes. In: Lead Compounds from Medicinal Plants for the Treatment of Cancer. 1. ed. Cambridge: Academic Press, 2012, p. 168.
4 - TANAKA, R. et al. A novel 3α-p-nitrobenzoylmultiflora-7:9(11)-diene-29-benzoate and two new triterpenoids from the seeds of zucchini (Cucurbita pepo L). Molecules, v. 18, n. 7, p.7448-7459, 2013. doi: 10.3390/molecules18077448
5 - PROCIDA, G. et al. Chemical composition and functional characterisation of commercial pumpkin seed oil. J Sci Food Agric, v. 93, n. 5, p.1035-1041, 2013. doi: 10.1002/jsfa.5843
6 - KIKUCHI, T. et al. Two new ent-kaurane-type diterpene glycosides from zucchini (Cucurbita pepo L.) seeds. Fitoterapia, v. 107, p.69-76, 2015. doi: 10.1016/j.fitote.2015.09.019
7 - GRZYBEK, M. et al. Evaluation of anthelmintic activity and composition of pumpkin (Cucurbita pepo L.) seed extracts-in vitro and in vivo studies. Int J Mol Sci, v. 17, n. 9, p.E1456, 2016. doi: 10.3390/ijms17091456

Propagação: 

por sementes. A faixa de temperatura ideal para germinação é de 25 a 35°C. O solo deve apresentar textura média (30 a 35% de argila), drenável, com retenção de água de nutrientes, pH = 5,5 a 6,5, se necessário a correção, fazer 90 dias antes do plantio. Pode ser realizado o plantio direto colocando 2 a 4 sementes por cova, com espaçamento de 4x3 m [ 1 ] .

Tratos culturais & manejo: 

a luminosidade influencia no desenvolvimento desta espécie [ 1 ] .

Problemas & Soluções: 

não suportam temperaturas baixas (10°C), contudo adaptam-se bem em zonas quentes e semiáridas (18 a 30°C) [ 1 ] .

Referências bibliográficas

1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 278.

Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Agência Europeia de Medicamentos
Ano de Publicação: 2012
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Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Organização Mundial de Saúde
Ano de Publicação: 2005
Arquivo: PDF icon Download (87.5 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1959
Arquivo: PDF icon Download (54.51 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
Arquivo: PDF icon Download (99.09 KB)

Referências bibliográficas

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