Nativa do leste e centro da América do Norte, especialmente no Canadá e Estados Unidos, também pode ser encontrada na China e cultivada na Europa. Suas principais indicações são: anti-inflamatória, analgésica, hipoglicemiante, antirreumática, antitussígena, sedativa, emenagoga, no tratamento da síndrome do climatério, síndrome pré-menstrual, nos distúrbios menstruais (oligo/amenorreia), na infertilidade associada a síndrome do ovário policístico (SOP), coadjuvante no tratamento do câncer de mama, disfunção sexual feminina e osteoporose[1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15,16,17,18,19,20,21,22,23,24,25,26,27,28].
Planta perene, ereta, frondosa, caule alto, com 1 a 1,5 m de altura; rizomas cilíndricos, nodosos, espessos, resistentes, enegrecidos, enquanto que as raízes são retas, fortes, marrom-escuras, quadrangulares e sulcadas; folhas grandes, compostas, pinadas, lisas e crenadas-serrilhadas que partem de um rizoma subterrâneo; inflorescência em racemo longo, pedunculado, pendente, com 30 a 90 cm de comprimento, flores brancas, com 3 a 8 pétalas[1,2].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências |
---|---|---|---|---|---|---|---|
- | América do Norte (nativos americanos e primeiros colonizadores) | Raiz e rizoma (secos) | Antimalárica, antirreumática, antiofídica, no tratamento de mal estar em geral, insônia, anormalidades da função renal, dor de garganta, problemas ginecológicos e como auxiliar no parto. |
- |
- |
- |
[
1
]
|
- | Espanha (curandeiros tradicionais) | - | No tratamento de sintomas da pré-menopausa. |
- |
- |
- |
[
1
]
|
- | Estados Unidos (Civilização Haudenosaunee) | - | Antirreumático e também aplicado na ortopedia. |
- |
- |
- |
[
1
]
|
- | Reino Unido | - | Antiepiléptica. |
- |
- |
- |
[
1
]
|
- | Suécia | - | Como terapia de reposição hormonal em mulheres em que a terapia estrogênica é contraindicada. |
- |
- |
- |
[
1
]
|
- | Medicina Chinesa | - | No tratamento de distúrbios pré-menstruais e do climatério, e do sarampo (fase pré-erupção cutânea). |
- |
- |
- |
[
1
]
|
- | Europa | - | No tratamento de doenças da menopausa e como terapia de reposição hormonal. |
- |
- |
- |
[
1
]
|
- | Guatemala | - | No tratamento de distúrbios da menopausa. |
- |
- |
- |
[
1
]
|
- | Brasil | - | No tratamento da disfunção sexual feminina. |
- |
- |
- |
[
1
]
|
- | México | - | No tratamento de sintomas da menopausa. |
- |
- |
- |
[
1
]
|
- | Estados Unidos (indígenas norte-americanos) | - | No tratamento de dores articulares, mialgias e problemas ginecológicos. |
- |
- |
- |
[
1
]
|
- | Estados Unidos (povo nativo americano Cherokee) | Rizoma | Emenagoga. |
- |
- |
- |
[
2
]
|
- | Estados Unidos (povo nativo americano Cherokee) | Rizoma | Antirreumática, antitussígena e no tratamento dos sintomas de resfriado. |
Infusão. |
- |
- |
[
2
]
|
- | Estados Unidos (parteiras) | - | Utilizada a partir do terceiro trimestre da gestação para preparar a mulher para o parto. |
Associação de (“cordial da mãe” ou “partus preparatus”): Cimicifuga recemosa (black-cohosh) Mitchella ripens(cipó-de-Índia), Rubus idaeus (framboesa), Caulophyllum thalictroides (cimicífuga-azul) e Chamaelirium luteum (falso-unicórnio). |
- |
- |
[
3
]
|
- | - | Raiz e rizoma | Emenagoga, antiespasmódica, sedativa, antirreumática, antiartrítica, no tratamento da osteoartrite, dores musculares e problemas pulmonares (coqueluche). |
Decocção: ½ a 1 colher de chá da raiz seca em 1 xícara de água. Ferver por 10 a 15 minutos. |
Tomar 1 xícara 3 vezes ao dia. |
- |
[
4
]
|
- | - | Raiz e rizoma | Emenagoga, antiespasmódica, sedativa, antirreumática, antiartrítica, no tratamento da osteoartrite, dores musculares e problemas pulmonares (coqueluche). |
Tintura. |
Tomar 2 a 4 mL 3 vezes ao dia. |
- |
[
4
]
|
Black cohosh | Estados Unidos (nativos americanos) | - | Antidismenorreica, antimalárica e no tratamento de problemas renais, indisposição, amigdalite e no trabalho de parto. |
- |
- |
- |
[
5
]
|
Black cohosh | Nativos americanos (Cherokee) | Raiz | Emenagoga, antirreumática, antitussígena e no tratamento de resfriados. |
Infusão. |
- |
- |
[
5
]
|
- | Europa | - | Antirreumática e no tratamento de bronquite, mialgia, nevralgia e alterações menstruais. |
- |
- |
- |
[
5
]
|
- | Medicina Tradicional Chinesa | Rizoma | Anti-inflamatória, analgésica e antipirética. |
- |
- |
- |
[
5
]
|
Ulidástĭ útana, black bugbane, black snake root e black cohosh | América do Norte (Indígenas) | Raiz | Antitérmica (até nos casos de febre amarela) e sudorífica. |
- |
- |
- |
[
6
]
|
Referências bibliográficas
Anti-inflamatória
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Rizoma |
Extrato aquoso. Concentrações para ensaio: 3 e 6 µg/µL. |
In vitro: Em células mononucleares de sangue periférico de humanos saudáveis (PBMCs), estimuladas por LPS e incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis séricos e expressão genética de IL-6 e 8, TNF-α e IFN-γ (ELISA e RT-PCR) e viabilidade celular (MTT).
|
O extrato de C. racemosa apresenta atividade anti-inflamatória, devido a redução dos níveis de IL-6, TNF-α e IFN-γ, exceto de IL-8. |
[
6
] |
Raiz e rizoma |
Extrato etanólico a 60% (v/v) (Ze 450). |
In vitro: Em cultura de macrófagos de camundongos (RAW 264.7) isolados de tumor induzido pelo vírus da leucemia murina, estimuladas por LPS e incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da proliferação celular, atividade fagocítica, níveis de NO, expressão de IL-1α e β, IL-6, IL-10, iNOS, NF-kB, m-TOR, HIF-1α, NLRP3, P2X7, Casp1, IκBa, HDAC1, Tim23, OXPHOS e vinculina, parâmetros metabolômicos e proteômicos.
|
O extrato de C. racemosa apresenta atividade anti-inflamatória, além de modular vias metabólicas importantes (aterosclerose, diabetes e síndrome metabólica). |
[
61
] |
Antialérgica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato metanólico. |
In vitro: Em mastócitos peritoneais de ratos (RPMC) incubados com o extrato vegetal e composto 48/80, com posterior análise dos níveis de histamina (fluorescência). Em cultura de mastócitos leucêmicos humanos imaturos (HMC-1) incubados com o extrato vegetal, acetato de miristato de forbol (PMA) e ionóforo de cálcio (A23187), com posterior análise da expressão de IL-4, IL-5 e TNF-α. In vivo: Em ratos Sprague-Dawley e camundongos Balb/c submetidos ao Ensaio de Linfonodo Local (LLNA) e ao teste de Reação de Anafilaxia Cutânea Passiva (AVP) utilizando o extrato vegetal. |
O extrato de C. racemosa apresenta atividade antialérgica, em modelo dependente de mastócitos, sendo promissor para o tratamento da inflamação alérgica. |
[
39
] |
Antibacteriana
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz |
Extrato: 5,0 g do material vegetal (pó) em etanol a 55%. Concentrações para ensaio: 0,25 a 512 µg/mL. |
In vitro: Em cepas de Neisseria gonorrhoeae submetidas ao teste de microdiluição e disco-difusão em ágar, para determinar concentração inibitória mínima (CIM) e o halo de inibição (mm), respectivamente.
|
O extrato de C. racemosa não apresenta atividade antibacteriana promissora, exceto os extratos de Arctostaphylos uva ursi, Hydrastis canadensis, Prunus serotina, Rhodiola rosea e Oenothera biennis. |
[
43
] |
Antidepressiva e Redutora de fogachos
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Rizoma |
Extrato seco etanólico a 58% (BNO 1055). Doses para ensaio: 25 e 100 mg/kg. |
In vivo: Em ratas Wistar ovariectomizadas tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise da temperatura corporal e teste de suspensão da cauda. |
O extrato de C. racemosa reduz as ondas de calor, além de atividade antidepressiva promissora, principalmente nas doses de 50 e 100 mg/kg. |
[
49
] |
Antiestrogênica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Rizoma |
Extratos: etanólico e isopropanólico. Concentrações para ensaio: 0,00021 a 1000 µg/mL. |
In vitro: Em cultura de células de MVLN (derivadas da linhagem MCF-7/ER+), transfectadas com promotor de vitelogenina-A2/repórter de luciferase e cultura de leveduras contendo o receptor de estrogênio humano ligado ao gene repórter Lac-Z, incubadas com o extrato vegetal e estrogênio, com posterior análise da estrogenicidade. Em cultura de células de câncer de mama (MCF-7/ER+), incubadas com os extratos vegetais, 17-estradiol e tamoxifeno, com posterior análise da proliferação celular e citotoxicidade.
|
Os extratos de C. racemosa apresenta atividade antiestrogênica, pois inibe a proliferação celular induzida pelo estradiol, bem como a expressão gênica. |
[
27
] |
Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz e rizoma |
Extrato: 2 g do material vegetal (pó) em 20 mL de acetato de etila, acetona e metanol (a 100 e 50%). |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da capacidade de absorbância de radicais de oxigênio (ORACFL).
|
Neste estudo, das 55 espécies vegetais, os extratos metálicos e hidrometanólicos de Silybum marianum, Camellia sinensis, Olea europaea, Cimicifuga racemosa, Rheum palmatum, Glycyrrhiza glabra e Scutellaria lateriflora apresentam atividade antioxidante mais potente. |
[
54
] |
Antiproliferativa
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Rizoma |
Extrato (BNO-1055). |
In vitro: Em cultura de células de câncer de próstata (LNCaP, PC3, DU145 e EP156T) e benignas (RWPE1), incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (WST-1), captação e incorporação de nucleotídeos (BrdU e 3H-timidina), expressão e quantificação de transportadores de nucleosídeos (ENT1 e ENT2).
|
O extrato de C. racemosa apresenta atividade antiproliferativa, pois altera a atividade dos transportadores (captação) de nucleosídeos. |
[
13
] |
Rizoma |
Extrato (isopropanólico e etanólico. Padronizado com: 26 e 9,46 mg/mL de 27-desoxiacteína, respectivamente. Concentrações para ensaio: 0,2 a 325µg/mL. |
In vitro: Em culturas de células de adenocarcinoma mamário (MCF-7/ER+ e MDA-MB 231/ER-), incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise de crescimento celular (WST), apoptose (Anexina V e Citometria de Fluxo) e nível de neoepítopo M30 (ELISA).
|
O extrato de C. racemosa apresenta atividade antiproliferativa para as células MCF e MDA-MB, por ativação de capases e indução de apoptose |
[
14
] |
Rizoma |
Extrato: 10 g do material vegetal (pó) em extração com líquido pressurizado, seguidamente, em éter de petróleo, e diclorometano. Rendimento: 350 mg. Concentrações para ensaio: 0,01 a 100 µg/mL. |
In vitro: Em cultura de células de adenocarcinoma de mama humano (MCF-7) incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da proliferação celular (MTT) e expressão de BIRC5, CCNE2, CCNG2, CYP1A1 e 1B1, DDIT4, DNAJB9, E2F2, ESR1, GREB1, GADD45A, MALAT-1, PCNA e VEGF (RT-PCR).
|
O extrato de C. racemosa apresenta atividade antiproliferativa e apoptótica, contudo, não demonstra ação estrogênica. |
[
50
] |
Rizoma |
Extrato: percolação do material vegetal (pó) em etanol a 50%. |
In vitro: Em citosol contendo receptor de hidrocarboneto de arila (AhR) isolado de fígados de ratos Sprague-Dawley, incubado com o extrato vegetal e TCDD (radioligante), com posterior análise de ligação ao AhR. Em cultura de células de carcinoma de próstata de humanos (LNCaP), incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da proliferação celular (BrdU).
|
O extrato de C. racemosa apresenta atividade antiproliferativa promissora em células LNCaP, possivelmente mediada pelo AhR. |
[
53
] |
- |
Extrato (BNO 1055). Concentrações para ensaio: 0,1 a 100 µg/mL. |
In vitro: Em cultura de células de adenocarcinoma de mama (MCF-7/ER+ e MDA-MB-231/ER-), incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise de crescimento celular (Azul de Almar). Em cultura de células da granulosa luteínica humana incubadas com o extrato vegetal, na presença de substratos esteroides (estrona, estriol, progesterona, androstenediona e testosterona), com posterior análise dos níveis de estradiol (radioimunoensaio).
|
O extrato de C. racemosa inibe o crescimento das células tumorais, bem como a conversão de estroma em estradiol ativo, principalmente nas concentrações de 50 e 100 µg/mL. |
[
18
] |
- |
Extrato. Dose para ensaio: 100 mg/kg. |
In vivo: Em ratas Sprague-Dawley portadoras de endometriose induzida, tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise da ultrossonografia pélvica, parâmetros comportamentais (teste do campo aberto, placa quente, labirinto em cruz elevado e contrações abdominais induzidas por ácido acético), histopatológicos, bioquímicos (MDA, SOD e GSH), apoptose (TUNEL), expressão de PCNA, p-ERK, p-p38, Nox-1 e 4, Bax, Bcl-2, caspase-3, 8 e 9, cFOS, NGF, GFAP, IL-1β, IL-2 e 6, e TNF-α (Western-blotting, Imuno-histoquímica e ELISA). |
O extrato de A. ramosa reduz a proliferação celular, além das atividades antioxidante, anti-inflamatória e analgésica, sendo promissor no tratamento da endometriose. |
[
26
] |
Antitumoral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato aquoso isopropanólico a 60% (v/v). Concentrações para ensaio: 0,02 a 200 µg/mL. |
In vitro: Em cultura de células de carcinoma da próstata de humanos (LNCaP, sensível a andrógenos, DU145 e PC-3, insensíveis a andrógenos), incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise do crescimento celular (WST-1), apoptose (morfologia, externalização de fosfatidilserina e nível de M30-Apoptosense).
|
O extrato de C. racemosa apresenta atividade antitumoral, em células sensíveis ou não a hormônios, por indução da apoptose e ativação de caspases, concentração dependente. |
[
56
] |
- |
Extrato (BNO 1055). Dose para ensaio: 400 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos (BALB/c-nu) portadores de câncer de próstata (LNCaP), tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros histológicos do tumor, níveis séricos de PSA e testosterona (Imunoensaio). |
O extrato de C. racemosa apresenta atividade antitumoral, contudo, não altera os níveis de testosterona, sendo promissor para a prevenção e tratamento do câncer de próstata. |
[
32
] |
Ativadora de AMPK
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz e rizoma |
Ze 450: extrato seco etanólico a 60% (v/v). Concentrações para ensaio: 0,1 a 200 µg/mL. |
In vitro: Em células de camundongos mioblásticas imortalizadas (C2C12), neuronais imortalizadas do hipocampo (HT22) e adipócitas (3T3-L1), e em células humanas de carcinoma hepatocelular (HepG2), incubadas com extrato vegetal, com posterior análise de viabilidade celular (Alamar Blue e MTT), proliferação celular (Medidas de impedância), citotoxicidade (LDH), fosforilação de AMPK e expressão de proteínas (Western Blot).
|
O extrato de C. racemosa apresenta atividade ativadora de AMPK, sendo promissora para a prevenção e tratamento de doenças metabólicas. |
[
58
] |
Cardioprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato isopropanólico. Dose para ensaio: 60 mg/kg (5 mL/kg). |
In vivo: Em ratas Sprague-Dawley ovariectomizadas, tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise do peso corporal e uterino, níveis séricos de estradiol, expressão de DBH e NET em gânglios estrelados (Imuno-histoquímica), níveis de norepinefrina e expressão de β1-AR e CaMK II em homogenato do ventrículo esquerdo (CLAE e Western blotting). |
O extrato de C. racemosa apresenta ação no sistema cardiovascular, pois reduz a expressão das proteínas β1-AR e CaMK II, contudo, não altera os níveis de NET e NE. |
[
1
] |
Citoprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz e rizoma |
Extrato seco etanólico (Ze 450). Concentrações para ensaio: 1 a 200 µg/mL. |
In vitro: Em cultura de células neuronais (HT22) e hepáticas (HepG2) incubadas com o extrato vegetal e indutores de estresse oxidativo, erastina e RSL-3, com posterior análise da viabilidade e morte celular (MTT e Anexina-V-FITC), peroxidação lipídica, nível de espécies reativas ao oxigênio mitocondrial e morfologia mitocondrial (fluorescência), níveis de ATP (luminescência), medidas de consumo de oxigênio e acidificação extracelular e potencial de membrana mitocondrial.
|
O extrato de C. racemosa apresenta atividade citoprotetora contra o estresse oxidativo, sendo promissor para o tratamento de doenças neuronais e metabólicas. |
[
2
] |
Estrogênica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Rizoma |
Extrato (BNO 1055): material vegetal em etanol a 50% (v/v). Dose para ensaio: 62,5 mg/animal ou 50 a 1000 mg/20 g de dieta. |
In vivo: Em ratas Sprague-Dawley ovariectomizadas submetidas ao tratamento agudo ou crônico com o extrato vegetal, com posterior análise da expressão de genes (ER-α, ER-β, PR, IGF-I, C3, TRAP, procolágeno tipo 1, osteoprotegerina e osteocalcina) no tecido uterino e femural (metáfise) (RT-PCR). |
O extrato de C. racemosa apresenta atividade estrogênica, atuando especificamente em receptores no hipotálamo/hipófise e no osso, exceto no útero. |
[
38
] |
Rizoma |
Extrato seco (BNO 1055). Concentrações para ensaio: 0,005 a 500 µg/mL. |
In vitro: Em culturas de células de câncer endometrial (HEC-1-A, Ishikawa, RL-95-2 e KLE) e ovariano (Kuramochi e COV362), células normais endometrial (HIEEC) e ovariana (HIO80) incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da expressão ESR1 e 2, HPRT1, HSD17B1 e 2, POLR2A, RPLP0, STS e SULT1E1 (qPCR), citotoxicidade (Azul Tripano) e proliferação celular (Vermelho de Fenol).
|
O extrato de C. racemosa não apresenta efeito estrogênico em células normais ou de câncer do endométrio e ovário. |
[
3
] |
- |
Extrato: padronizado com 2,7% de 27-deoxiacteína. Outra espécie em estudo: Trifolium pratense. |
In vivo: Em ratas Wistar ovariectomizadas, tratadas com os extratos vegetais, com posterior análise de parâmetros histológicos do endométrio e imuno-histoquímicos/morfométricos (ERα e Ki67). |
Os extratos de C. racemosa e T. pratense reduzem a proliferação endometrial, contudo, apenas o extrato de T. pratense estimula ERα no endométrio. |
[
11
] |
Raiz e rizoma |
Extrato: maceração de 100 g do material vegetal em 600 mL de metanol. Outras espécies: Trifolium pratense, Vitex agnus-castus, Humulus lupulus, Panax ginseng, P. quinquefolius, Angelica sinensis e Glycyrrhiza glabra. |
In vitro: Determinar a ligação dos extratos vegetais em receptores estrogênicos α e β de humanos. Em cultura de células de adenocarcinoma endometrial (Ishikawa) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise dos níveis de fosfatase alcalina. Em cultura de células Ishikawa e de câncer de mama (S30) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise de citotoxicidade (sulforodamina B) e expressão de PR e pS2 (RT-PCR).
|
Os extratos de T. pratense, V. agnus-castus e H. lupulus apresentam atividade estrogênica mais potente, exceto para o extrato de C. racemosa. |
[
45
] |
- |
Extrato (BNO 1055). Dose para ensaio: 33 mg/dia. |
In vivo: Em ratas Dawley ovariectomizadas, suplementadas com o extrato vegetal, com posterior análise da densidade mineral óssea da metáfise da tíbia (tomografia computadorizada), expressão de IGF-1, C3 e Erβ em homogenato uterino (RT-PCR), níveis de osteocalcina, C-telopeptídeo e leptina (Radioimunoensaio). |
O extrato de C. racemosa apresenta atividade estrogênica nos tecidos ósseo e adiposo, exceto uterino, sendo uma alternativa promissora para a terapia da reposição hormonal. |
[
16
] |
Rizoma |
Extrato (BNO 1055). Doses para ensaio: 33,33 e 133,33 g/20 g dieta. |
In vivo: Em ratas Sprague-Dawley ovariectomizadas, suplementados com o extrato vegetal, com posterior análise da expressão de ERα, ERβ e IGF-1 nos tecidos da vagina, fígado, glândula tireoide, pulmão, baço, cólon e rim (RT-PCR). |
O extrato de C. racemosa não apresenta atividade estrogênica (ERα), contudo, pode estimular a expressão de IGF-1 nos tecidos da vagina e rim. |
[
17
] |
Rizoma |
Extrato: material vegetal em etanol a 50%. Doses para ensaio: 6 a 600 mg/kg. |
In vivo: Em ratas imaturas (NMRI/BOM) tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise do peso uterino; e em ratas Sprague-Dawley ovariectomizadas, tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise do esfregaço vaginal (células cornificadas). |
O extrato C. racemosa não apresenta atividade estrogênica, devido à ausência de efeito uterotrófico. |
[
22
] |
Hipoglicemiante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz e rizoma |
Extrato seco etanólico (Ze 450). RDE: 7,3:1. Padronizado com: 8,4% de glicosídeos triterpênicos. Concentrações para ensaio (in vitro): 1, 10 e 100 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 10 a 90 mg/kg. |
In vitro: Em cultura de células HepaRG incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de proteína AMPK (ELISA). In vivo: Em camundongos ob/ob tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do teste de tolerância oral à glicose oral e dos níveis plasmáticos de glicose e insulina. |
O extrato de C. racemosa apresenta atividade hipoglicemiante promissora, pois ativa a proteína AMPK semelhante a metformina, melhorando metabolismo da glicose e a sensibilidade à insulina. |
[
8
] |
Imunomoduladora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato etanólico. Doses para ensaio (in vivo): 62,5 a 1000 mg/kg. |
In vitro: Em células de mastocitoma (P815) co-cultivadas com esplenócitos de camundongos tratados com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de linfócito T citotóxico. In vivo: Em camundongos fêmeas (B6C3 F1/N) tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise do peso corporal, parâmetros hematológicos, fenotipagem de timócitos e esplenócitos (citometria de fluxo), níveis de IgM (imunizados com sRBC e KLH), resposta leucocitária mista e proliferação de células esplénicas (3H-timidina), resposta de hipersensibilidade tardia (DTH) a Candida albicans, atividade das células NK, síntese de DNA (medula óssea) e formação de colônias. |
O extrato de C. racemosa aumenta os níveis de linfócitos T citotóxicos, sem alterações significativas nos demais parâmetros imunológicos em estudo. |
[
28
] |
Osteoprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato. Dose para ensaio: 60 mg/kg. |
In vivo: Em ratas Sprague-Dawley portadores de sintomas perimenopausais induzidos pela administração de GnRH-a, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da densidade mineral óssea (fêmur distal) e parâmetros morfométricos ósseo (tíbia). |
O extrato de C. racemosa apresenta atividade protetora na perda de massa óssea causada por GnRH-a, assim como o estrogênio. |
[
35
] |
- |
Extrato: CR BNO 1055 (Klimadynon®) |
In vivo: Em ratas (SD) ovariectomizadas tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros histológicos (histomorfometria e STRUT) da medula óssea (superfície trabecular, gordura e sistema hematopoiético), isolada da tíbia. |
O extrato de C. racemosa reduz o desenvolvimento da osteoporose em ratas ovariectomizadas, possivelmente devido a diminuição dos níveis de gordura na medula óssea, bem como da secreção de citocinas pró-inflamatórias. |
[
4
] |
- |
Extrato isopropanólico (Remifemin®): comprimido contendo 20 mg do extrato vegetal bruto (= 2,5 mg do extrato seco). Dose para ensaio: 60 mg/kg. |
In vivo: Em ratas Sprague-Dawley ovariectomizadas, tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise da densidade mineral óssea e estrutura óssea trabecular do fêmur, parâmetros biodinâmicos do fêmur e vértebra lombar e níveis de marcadores de remodelação óssea (osteocalcina, propeptídeo N-terminal do procolágeno tipo I e fosfatase ácida resistente a tartarato 5b). |
O extrato de C. racemosa apresenta resultados promissores na prevenção da osteoporose na pós-menopausa, sendo semelhante ao valerato de estradiol, contudo, o extrato vegetal demonstra melhor perfil de segurança. |
[
40
] |
Rizoma |
Extrato etanólico a 50% (BNO 1055). Dose para ensaio: 24,9 mg/dia/rato. |
In vivo: Em ratas Sprague-Dawley ovariectomizadas, portadoras de osteopenia grave, submetidas a osteotomia metafisária padronizada da tíbia e osteossíntese com placa de titânio em forma de T, tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise do cálcio na superfície da hidroxiapatita no osso neoformado (microscopia intravital com fluorocromo), parâmetros biomecânicos, microradiográficos e histológicos (microscopia óptica) das tíbias direita e esquerda. |
O extrato de C. racemosa não apresenta atividade osteoprotetora promissora na consolidação de fraturas em ossos osteopênicos graves. |
[
41
] |
Rizoma |
Extrato (CR BNO 1055). |
In vivo: Em ratas ovariectomizadas e suplementadas com dieta contendo o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros histológicos da articulação do joelho (fêmur/tíbia), níveis séricos de leptina, colesterol e insulina. |
O extrato de C. racemosa apresenta resultados promissores na prevenção da Síndrome Metabólica e osteoartrite, devido a redução de tecido adiposo nas articulações. |
[
7
] |
Rizoma |
Extrato (CR BNO 1055): material vegetal em extrato aquoso/etanólico a 50%. Dose para ensaio: 1,66 g/kg de ração. |
In vivo: Em ratas Sprague-Dawley ovariectomizadas, submetidas a osteotomia metafisária padronizada da tíbia e osteossíntese com placa de titânio, tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise da reabsorção e remodelação óssea (microscopia de fluorescência), de testes biomecânicos, histológicos, microradiográficos e expressão gênica. |
O extrato de C. racemosa apresenta resultados promissores na consolidação de fraturas ósseas osteopênicas. |
[
12
] |
Rizoma |
Extrato etanólico a 50% (CR BNO 1055). Doses para ensaio: 33 ou 133 mg/dia. |
In vivo: Em ratos machos Sprague-Dawley submetidos a orquidectomia, suplementados com o extrato vegetal, com posterior análise da densidade mineral óssea da metáfise da tíbia (tomografia computadorizada), expressão de genes dos tecidos da tíbia proximal e da próstata (RT-PCR), e níveis séricos de LH e osteocalcina. |
O extrato de C. racemosa apresenta atividade antiosteoporótica em ratos orquidectomizados, sendo menos potente se comparado a testosterona. |
[
52
] |
Rizoma |
Extrato isopropanólico (Remifemin®). Dose para ensaio: 4500 µg de triterpenoglicosídeos/dia. |
In vivo: Em ratas Sprague–Dawley ovariectomizadas, tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis urinários dos marcadores de perda óssea (piridinolina e desoxipiridinolina) (CLAE), densidade mineral óssea, microarquitetura óssea e resistência mecânica à fratura. |
O extrato de C. racemosa reduz a perda óssea em ratas ovariectomizadas, com resultados promissores, comparável ao raloxifeno. |
[
24
] |
Raiz |
Extrato isopropanólico. |
In vitro: Em células osteoblásticas (hOB) isoladas de amostra óssea da crista ilíaca de mulheres na pré-menopausa e de homem submetido a cirurgia de trauma após fraturas, incubadas com o extrato vegetal, ICI 182.780 (antagonista do receptor de estrogênio) e dexametasona, com posterior análise da expressão de receptores (estrogênio, testosterona e RANKL) (RT-PCR) e níveis de osteoprotegerina (ELISA).
|
O extrato de C. racemosa inibe a reabsorção óssea, pois aumenta os níveis de osteoprotegerina. |
[
34
] |
Protetora da glandula sublingual
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato isopropílico (Remifemin®). Dose para ensaio: 60 mg/kg. |
In vivo: Em ratas Sprague-Dawley ovariectomizadas, tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise do retículo endoplasmático rugoso, mitocôndrias e grânulos secretores na glândula sublingual esquerda (Microscopia Eletrônica), níveis de área de lacuna e caspase-3 na glândula sublingual direita (Microscopia e Imuno-histoquímica). |
O extrato de C. racemosa reduz as lesões nas glândulas sublinguais induzidas pela ovariectomia, sendo inferior quando comparado ao estrogênio, possivelmente por mecanismos de ação diferentes. |
[
19
] |
Protetora das glândulas lacrimais/submandibulares
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato isopropílico (Remifemin®). Doses para ensaio: 60 mg/kg. |
In vivo: Em ratas Sprague-Dawley ovariectomizadas, tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros histológicos das glândulas lacrimais e submandibulares, e níveis de caspase-3 e Cu-Zn SOD (Imuno-histoquímica). |
O extrato vegetal de C. racemosa apresenta atividade protetora das glândulas lacrimais e submandibulares, pois suprime a expansão do retículo endoplasmático e a expressão de caspase-3. |
[
15
] |
Prototora dos ovários
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato: material vegetal (pó) em etanol a 60% (v/v). Concentração para ensaio: 5 ng/mL. |
In vitro: Em ovários de camundongos Swiss (ciclo estral regular), incubados com dexametasona e extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros morfológicos ovarianos (folículos e estroma) e expressão de Bax, Bcl-2, caspase-3 no tecido ovariano.
|
O extrato de C. racemosa apresenta atividade protetora nos ovários contra os efeitos deletérios causados pela dexametasona. |
[
21
] |
Raiz |
Extrato. Concentrações para ensaio: 5 a 500 ng/mL. |
In vitro: Em ovários isolados de camundongos Swiss fêmeas portadoras de ciclo regular, incubados com o extrato vegetal e doxorrubicina, com posterior análise morfológica do folículo ovariano, densidade celular, da matriz extracelular, viabilidade celular, expressão de caspase-3, SOD, CAT e NRF-2.
|
O extrato de C. racemosa apresenta atividade protetora ovariana, principalmente na concentração de 5 ng/mL, contra os danos causados pela doxorrubicina. |
[
59
] |
Redutora de fogachos
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato isopropanólico. Dose para ensaio: 60 mg/kg. |
In vivo: Em ratas Sprague-Dawley ovariectomizadas, tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise da temperatura corporal central (diurna e noturna). |
O extrato de C. racemosa apresenta atividade termorreguladora, principalmente da temperatura corpórea central diurna, contudo, o início da ação é mais lento se comparado ao valerato de estradiol. |
[
36
] |
Rizoma |
Extrato. Concentrações para ensaio: 0,05 a 1000 μg/mL. Outras plantas em estudo: Glycyrrhiza glabra, Hypericum perforatum e Oenothera biennis. |
In vitro: Em células de carcinoma de mama (MCF-7) incubadas com os extratos vegetais (associados ou não), com posterior análise da viabilidade celular (MTT) e níveis de espécies reativas ao oxigênio (DPPH). Em plasma rico em plaquetas isolado de humanos saudáveis, incubados com os extratos vegetais (associados ou não), com posterior análise da inibição do receptor DP1 da prostaglandina através dos níveis extracelulares de AMPc (ELISA).
|
A associação de A. racemosa, H. perforatum e O. biennis apresenta resultados promissores no alívio de ondas de calor na pós-menopausa, pois exerce ativação do receptor de estrogênio, atividade antioxidante e inibição do receptor DP1, respectivamente. |
[
37
] |
Raiz e rizoma |
Extrato: percolação do material vegetal (pó) em metanol a 100%, etanol a 75% ou 2-propanol a 40%. Concentrações para ensaio (in vitro): 0 a 50 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 4 a 400 mg/kg. |
In vitro: Em cultura de células de ovário de hamster chinês (CHO) transfectada com 5-HT7, células LZD7 (fibroblasto de camundongo Ltk) transfectada com 5-HT1A e células HEK293 (rim epitelial humano) transfectada com 5-HT7, incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da atividade dos receptores de serotonina e nível de AMPc intracelular. In vivo: Em ratas Sprague-Dawley ovariectomizadas, tratadas com extratos vegetais associado ou não com 17β-estradiol, com posterior análise do peso uterino e diferenciação celular vaginal (citologia). |
Os extratos de C. racemosa parecem atuar nos receptores de serotonina, mas não nos receptores de estrogênio, sendo um possível mecanismo para a redução das ondas de calor em mulheres na pós-menopausa. |
[
44
] |
Rizoma |
Extrato (BNO 1055): percolação do material vegetal (pó) em etanol a 50% (m/m). Dose para ensaio: 25,1 mg/animal/dia. |
In vivo: Em ratas Sprague-Dawley ovariectomizadas, submetidos a administração aguda e crônica do extrato vegetal, com posterior análise da temperatura corporal (sensores sensíveis a temperatura). |
O extrato de C. racemosa apresenta resultados promissores na redução das ondas de calor em ratas ovariectomizadas (deficiência de estrógeno). |
[
29
] |
Rizoma |
Extrato (comprimido Remifemin®): 20 mg do material vegetal (bruto) em 0,018 a 0,026 mL de álcool isopropílico. Rendimento: 2,5 mg de extrato seco. Dose para ensaio: 60 mg/kg. |
In vivo: Em ratas Sprague-Dawley ovariectomizadas, tratadas com o extrato vegetal, mantidas em diferentes locais com temperaturas de 4 a 38° C e umidade relativa de 60%, com posterior análise da expressão de células c-Fos nos núcleos hipotalâmicos (Imuno-histoquímica). |
O extrato de C. racemosa melhora a função dos núcleos hipotalâmicos, sendo promissor no tratamento dos sintomas da menopausa, por exemplo, as ondas de calor. |
[
33
] |
Redutora de monoaminas (norepinefrina/serotonina)
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Rizoma |
Extrato seco etanólico. Dose para ensaio: 1000 mg/kg. |
[
42
] |
Redutora do peso corporal
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Rizoma |
Extrato (CR BNO 1055). Dose para ensaio: 6,67 g/kg. |
In vivo: Em ratas Sprague-Dawley ovariectomizadas, tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise da gordura abdominal (Índice de Adiposidade Firme), nível de glicose (TTGI), níveis plasmáticos de E2, LH, CT, HDL, LDL, TG, leptina e insulina. |
O extrato de C. racemosa reduz os níveis de LH, glicose, acúmulo de gordura abdominal, atenua o ganho de peso corporal e não altera a massa uterina, contudo, aumenta os níveis de LDL. |
[
55
] |
Redutora dos sintomas da menopausa
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Rizoma |
Extrato isopropanólico. Dose para ensaio: 60 µL/kg. |
In vivo: Em ratas DA/Han ovariectomizadas tratadas com o extrato vegetal, associado ou não com fulvestranto (antagonista do receptor de estrogênio), com posterior análise da expressão de genes do homogenato do útero e veia cava (RT-PCR). |
O extrato de C. racemosa apresenta atividade antiestrogênica uterina, e nos vasos outros mecanismos devem estar associados ao alívio das queixas vasomotoras da menopausa. |
[
57
] |
Raiz |
Extrato: material vegetal (pó). concentrações para ensaio: 1 a 25 µg/mL. |
In vitro: Em cultura de células de adenocarcinoma de mama (MCF-7/ER+ e MDA-MB-231/ER-), incubadas com o extrato vegetal e precursores de hormônios esteroides (dehidroepiandrosterona-DHEA e estrona-E1), com posterior análise da proliferação celular e níveis de esteroides (LC-HRMS).
|
O extrato de C. racemosa não promove o crescimento celular e não influencia os níveis de estrogênio, contudo, inibe a formação de DHEA em células MCF-7, aumentando os níveis de andrógenos, podendo contribuir na melhora dos sintomas da menopausa. |
[
23
] |
Rizoma |
Extrato isopropanólico aquoso. Concentrações para ensaio: 10-1 a 10-11 M. |
In vitro: Em células de adenocarcinoma de mama de humanos (MCF-7, estrogênio dependente) incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise de citotoxicidade (fluorescência) e proliferação celular (incorporação de 3H-timidina).
|
O extrato de C. racemosa não apresenta atividade estrogênica, sendo promissor na redução dos sintomas da menopausa em mulheres portadoras de câncer de mama. |
[
30
] |
Raiz e rizoma |
Extrato: percolação do material vegetal em etanol a 75%, metanol a 100% ou 2-propanol a 40%. |
In vitro: Em culturas de células de ovário de hamster chinês (CHO), transfectadas com receptores opioides (CHO-hMOR), incubadas com extratos vegetais e radioligante específico do receptor opiáceo µ [3H]DAMGO, com posterior análise da ligação GTPγS ao CHO-hMOR.
|
O extrato etanólico a 75% apresenta afinidade (agonista) mais potente ao receptor opiáceo, concentração dependente, sendo promissor no alívio de alguns sintomas da menopausa. |
[
25
] |
Rizoma |
Extrato: material vegetal em propano-2-ol a 40% (v/v). RDE: 6-11:1. |
In vivo: Em ratas Sprague-Dawley ovariectomizadas, tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise da expressão gênica em tecido hipocampal e hipotalâmico (microarray e qPCR). |
O extrato de C. racemosa reduz as múltiplas alterações gênicas no tecido hipocampal e hipotalâmico induzidas pela deficiência de estrógeno, contribuindo assim, no alívio dos sintomas da menopausa a nível de sistema nervoso. |
[
30
] |
Redutora dos sintomas da menopausa (xerostomia)
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato isopropanólico padronizado. Dose para ensaio: 60 mg/kg. |
In vivo: Em ratas Sprague-Dawley ovariectomizadas, tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise do consumo de água, do fluxo sanguíneo na glândula submandibular (Fluxometria Laser Doppler) e expressão de receptores M1, M3 (muscarínicos de acetilcolina) e AQP5 (aquaporina) (Imuno-histoquímica e Western-blotting). |
O extrato de C. racemosa favorece a vasodilatação da glândula salivar, reduzindo assim, a xerostomia proveniente da menopausa. |
[
31
] |
Vasorelaxante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Rizoma |
Extrato: material vegetal (pó) em 2-propanol. Concentrações para ensaio: 0,03 a 3,0 mg/mL. |
In vitro: Em anéis aórticos (com ou sem endotélio) isolados de ratos Sprague-Dawley, incubados com norepinefrina, LNNA, L-arginina, azul de metileno, indometacina, ICI 182,780, atropina, substância P, propranolol, cetanserina, 4-aminopiridina, apamina, cloreto de bário e glibenclamida, com posterior análise da contratilidade do músculo vascular.
|
O extrato de C. racemosa apresenta atividade vasorelaxante, dependente ou não do endotélio, por ativação do sistema NO-GMPc e inibição do influxo extracelular de cálcio. |
[
20
] |
Referências bibliográficas
Ácidos graxos
oleico e palmítico.
Açúcares
Alcaloides
quinolina, isoquinolina, quinolizidina, anagirina, baptifolina, magnoflorina, citisina, metilcitisina, metilserotonina, indol, guanidina e norbufotenina.
Amidos
Compostos fenólicos
ácidos cafeico, hidroxicinâmico, ferúlico, isoferúlico, fumarólico, rotocatecuico, fucinólico, salicílico, cimicifúgicos (A, B, D, E e F), acético, butírico, fórmico, protocatecuico e p-cumárico, protocatecualdeído, cafeato de metila, éster 1-metílico de ferulato, 1-isoferuloil-β-d-glicopiranosídeo, caempferol (há estudos que dizem da ausência desta substância em C. racemosa), biocanin A, cimicifenol, cimicifenona, cimiracemato A-D e metilcafeato.
Ésteres do ácido cinâmico
ácido fuquiico e ácido piscídico.
Fitosteróis
Flavonoides
formononetina (há estudos que dizem da ausência desta substância em extratos de C. racemosa).
Gomas
Outras substâncias
citrulol, ácido fosfórico, colina e betaína.
Resinas
cimicifugina.
Taninos
Triterpenoides
9,19-cicloartenol, 23-epi-26-desoxiacteína, 26-desoxiacteína, 27-deoxiacteína, acteína, cimiracemosídeos A-H, cimigenol, cimicifugosídeos (H-3, H-4 e H-6), cimiracemo e glicosídeos cicloartano.
Referências bibliográficas
as sementes apresentam dormência e devem ser submetidas a pré-tratamentos com temperatura baixas, de 4 a 13°C. A adição de ácido giberélico (4 mg/L) favorece o desenvolvimento das folhas quando aplicado antes do tratamento a frio ou logo após o início da germinação [ 2 ] .
as raízes e os rizomas devem ser colhidos após o amadurecimento dos frutos. A melhor época de colheita ocorre nos meses de maio até junho, quando se obtém os maiores teores de glicosídeos triterpênicos e ácido isoferúlico. As raízes e rizomas devem ser cortados em sentido longitudinal, e colocados para secar cuidadosamente [ 1 , 2 ] .
por razões práticas a temperatura ideal é de 60 ± 8°C, contudo, temperaturas entre 80 e 105°C não influenciaram significativamente o teor dos compostos fenólicos [ 2 ] .
Referências bibliográficas